Médico é preso acusado de dopar e estuprar jovem no Rio
O suspeito nega a acusação e diz que a relação foi consensual
A Polícia Civil de Itaipava, no Rio de Janeiro, prendeu na última segunda-feira, 1, um médico residente em ortopedia acusado de dopar e estuprar uma jovem após uma festa em Petrópolis, na região serrana do estado. Além do médico, um estudante de medicina também foi detido, suspeito de participação no crime.
De acordo com informações do jornal “Extra”, o caso ocorreu no dia 31 de agosto, após uma festa em que estudantes comemoravam os cem dias da faculdade de medicina. O acusado, então, convidou um grupo de amigos para continuarem a celebração em sua residência.
No percurso, ele teria dopado a vítima com um pílula de ecstasy. A droga foi fornecida pelo estudante, segundo as autoridades.
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O estupro foi praticado na cama do acusado (onde a polícia encontrou manchas de sangue), com a vítima inconsciente e feito de maneira violenta, de acordo com exame de corpo de delito feito no IML. Após o abuso, a jovem apresentou sangramentos, lesões e dores durante quatro dias após a violência sexual.
Ainda segundo os investigadores, foi encontrado troca de mensagens entre o médico e o estudante que denota que o crime foi premeditado.
“Os autores trocaram mensagens de WhatsApp onde narraram que já levariam para a festa ‘MD para dar para mulherada’, o que deixa evidente a intenção de drogar vítimas na festa”, disse a delegada titular da 106º DP, Juliana Ziehe.
O médico nega as acusações e alega que a jovem tomou a droga de forma consciente. No entanto, ele disse que em determinado momento a vítima teria sentido dor e pedido para ele esperar. O estudante também negou participação no crime.
Os dois responderam por estupro de vulnerável – o médico por ter praticado o crime e o estudante por partícipe – cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão.
Como denunciar assédio sexual ou estupro?
O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.
No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).