Meditação na rua resgata afeto pela cidade

À primeira vista o silêncio da meditação e o barulho da metrópole não combinam. Mas o grupo Indo Como as Ruas, que promove a meditação em praças e parques de São Paulo, quer mostrar que é possível ocupar a cidade de um jeito diferente: mais afetuoso e menos apressado.

“Com a meditação a gente quer estabelecer outra relação com o espaço público, que é de cuidar da rua e não ter medo dela” afirma Gabriela Portilho, uma das fundadoras da iniciativa. Conheça o projeto no vídeo abaixo.


Meditação na rua

A monja zen budista Wahô Degenszajn, que também faz parte do grupo, explica que, ao contrário do que muita gente pensa, não é preciso parar os pensamentos. “Meditar é estar atento, procurando se manter presente”, explica.

Tudo começou no Parque Augusta, que virou símbolo da luta contra a especulação imobiliária (saiba mais aqui). Diversos ativistas ocuparam a área no início deste ano e um grupo de pessoas passou a meditar no local. “A gente começou a ocupar o espaço porque uma construtora estava de olho nele também”, conta Gabriela.

Depois que o espaço foi fechado para o acesso do público, eles passaram a meditar em outros locais. Outros grupos já faziam um trabalho semelhante, como o Meditação Urbana, que muitas vezes se junta ao Indo Como As Ruas em meditações pela cidade. Veja imagens dos grupos pela cidade no Canal de Arte Positiva

O grupo Meditação Urbana próximo da estação Butantã do Metrô
Créditos: Leto*Maciel
O grupo Meditação Urbana próximo da estação Butantã do Metrô

O grupo se reúne às sextas-feiras e não têm um local fixo. “A cada semana a gente decide onde vai ser, procuramos sempre lugares bem movimentados e de passagem, para estimular as pessoas a sentarem com a gente”, diz Gabriela. Acompanhe a programação na página do grupo no Facebook. No dia 1º, o local escolhido é o Parque Buenos Aires, às 17h.