Melhor Atriz Coadjuvante, Patricia Arquette ressalta igualdade de gênero no Oscar

Aplaudida por Meryl Streep, Patricia Arquette faz discurso feminista em Hollywood

23/02/2015 10:55 / Atualizado em 04/05/2020 16:54

Vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, Patrícia Arquette recebeu a estatueta pela interpretação em “Boyhood – Da infância à juventude”.

No palco, entre agradecimentos e aplausos, a artista de 46 anos aproveitou a oportunidade para chamar a atenção sobre a questão da igualdade de gênero no mercado profissional – e foi ovacionada “A todas as mulheres que deram à luz neste país, a todos que pagam impostos, nós temos que lutar por direitos iguais para todos. Está na hora de termos salários iguais de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”.

Patricia viveu a mãe solteira Olivia Evans em “Boyhood – da infância à juventude”
Patricia viveu a mãe solteira Olivia Evans em “Boyhood – da infância à juventude”

Com o papel de Olivia Evans, Patricia Arquette concorreu ao prêmio ao lado de Laura Dern (Livre), Keira Knightley (O Jogo da Imitação), Meryl Streep (Caminhos da Floresta) e Emma Stone (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)).

Muito mais que vestido, penteados e dietas

Antes mesmo da premiação do último domingo, consagradas atrizes de Hollywood como Cate Blanchett, Julianne Moore e Emma Stone tem manifestado repúdio contra o que consideram demonstrações de machismo diante de entrevistas que só abordam questões sobre vestidos, penteados e dietas.

Neste contexto surgiu a campanha #AskHerMore ou “Pergunte mais a ela”, popularizada pela comediante Amy Poehler, apresentadora da última edição do Globo de Ouro. Divulgada em premiações recentes pelo site “The Daily Share”, a ideia é estimular perguntas que não se limitem ao visual das atrizes e outros questionamentos irrelevantes, propondo perguntas mais construtivas.

Com a campanha, novas perguntas foram organizadas como: “qual era seu plano B se fracassasse como atriz?”, “qual o melhor conselho que você recebeu?”, “que papel feminino você sonha em interpretar?”, ajudando, assim, a desconstruir o padrão de entrevistas sempre pautadas por questões estéticas.