‘Mendigos têm dever bíblico de passar fome’, diz pastor evangélico
Marcos Granconato, que faz parte da Igreja Batista, já havia se envolvido em polêmicas quando foi visto em um clube de tiro e defendeu o armamento
O pastor Marcos Granconato, da Igreja Batista Redenção, localizada em São Paulo, defendeu que moradores de rua devem passar fome baseado em sua interpretação da Bíblia. A fala causou revolta nas redes sociais.
“A maioria dos mendigos têm o dever bíblico de passar fome, pois Paulo diz aos Tessalonicenses: ‘Se alguém não trabalha, que também não coma’”, escreveu Granconato em sua página no Facebook, no último domingo, 1º de maio.
Internautas se manifestaram contra o posicionamento do religioso, que respondeu as críticas. O pastor alegou que foi mal-interpretado, e que na verdade estava se falando da “maioria”, e não a todos os moradores de rua.
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“Eu já ofereci trabalho para um monte de mendigos. Perguntem se eles aceitaram”, escreveu Granconato. Depois da repercussão negativa, ele restringiu os comentários na publicação.
O pastor possui mais de 20 mil seguidores no Facebook e 32,7 mil no Instagram. De acordo com sua página, ele estudou Direito na Universidade São Francisco e História Eclesiástica no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, ambas instituições que ficam em São Paulo.
Procurado pela reportagem do Metrópoles, Marcos Granconato disse que não se referia aos moradores de rua em geral, ou aos pobres em geral. Na visão dele, a Bíblia fala de diversos tipos de pobres, que devem ser ajudados, mas também fala sobre os que estão miseráveis porque não trabalham.
Pastor a favor das armas
Em abril de 2021, o pastor se envolveu em uma polêmica ao postar uma foto com uma arma em um treino de tiro. Depois da repercussão da imagem, ele fez uma publicação em defesa do armamento.
“Eu quero sim influenciar pessoas, instigando-as a praticar o tiro esportivo e ter armas em casa, desde que legalmente. Eu aprovo isso como cristão e creio que todos, após cumprir certas exigências, deviam ter armas em sua residência, em seu carro e em seu local de trabalho. Acredito que isso é sábio e bom. Se eu pudesse, pregaria armado, com um coldre sob o paletó, para proteger meu rebanho de loucos assassinos que atacam igrejas indefesas”, escreveu.
“Essa é minha visão e espero que meu post influencie sim as pessoas, levando-as a praticar o tiro com armas de fogo e, se possível, a adquirir uma arma nos termos da lei para afugentar os perversos que sempre se insurgem contra indivíduos inocentes e famílias de bem.”