Menina de 13 anos foi estuprada por pai e pastor que a ‘acolheu’

O pai da menina já tinha sido preso em fevereiro desse ano, já o pastor que a "acolheu" foi encontrado e preso no Paraná, onde estava se escondendo

13/10/2020 10:56

Uma menina adolescente de 13 anos, foi estuprada pelo próprio pai dos 9 ao 12 anos, na casa que vivia com ele, a mãe e as outras duas irmãs na cidade de Mombuca, interior de São Paulo.

Menina de 13 anos foi estuprada por pai e pastor que a "adotou"
Menina de 13 anos foi estuprada por pai e pastor que a “adotou” - Ilustração

Em fevereiro desse ano, o pai estuprador foi preso pela polícia de Capivari, mas a menina passou por mais um abuso, sendo a segunda vez por um pastor que dizia a conhecer desde 4 anos e que fez de tudo para que ela fosse morar com ele e sua esposa e que foi preso no dia 30 de setembro no Paraná, onde se escondia.

Durante o relato na escuta especializada feita com auxílio de uma psicóloga na Delegacia da Mulher de Capivari, ela ainda teria sido obrigada a fazer programa. Ele também abusou das duas enteadas, que são irmãs da menina, atualmente com 16 e 21 respectivamente. Elas confirmaram o crime.

A mãe, que não acredita nas própria filhas, de acordo com a polícia faz uso de medicamentos fortes de epilepsia e te, problemas psiquiátricos. No depoimento dados às autoridades, ela alega nuca ter presenciado nada de errado.

O estuprador, que foi identificado como alcóolico e dependente químico, negou o crime e chegou acusar as três irmãs de complô para prejudicar a vida dele. Ele é acusado de três estupros de vulnerável.

A segunda vez

Como nem a avó, a tia, a irmã mais velha ou a própria mãe apresentaram condições de ficar com a garota, a guarda provisória da menina de 13 anos foi solicitada ao Conselho Tutelar de Mombuca por um pastor evangélico, que também era GCM, e sua esposa, alegando que iria ajudá-la a superar o trauma da violência sofrida.

Em entrevista ao portal Universa, uma das representantes do Conselho, que preferiu não se identificar, disse: “O Conselho buscou na família da vítima quem tinha condições de acolhê-la, e ninguém podia. Já a família [do pastor] brigou muito para ter a sua guarda, e o Conselho avaliou que eram pessoas de boa índole. O pastor e sua mulher estavam dando todo o suporte a ela e o órgão considerou que era melhor deixá-la com o casal a enviá-la para um abrigo”.

A menina que ficou do final de 2019 até meados de julho de 2020 na casa do segundo abusador, foi notada nas visitas da mãe biológica com comportamento estranho. De acordo com conselheira do caso, uma intimidade além do normal com o pastor, que tinha dado um celular a menina. A esposa do pastor descobriu o “presente”, quebrou o dispositivo e ainda agrediu fisicamente a garota.

A mãe biológica da adolescente flagrou a filha sendo abusada pelo homem, durante essas visitas, e realizou a denúncia à polícia. Ele, que ficou sabendo das queixas prestadas, fugiu para a casa de um parente, que ficava no Paraná.

A delegada Maria Luisa Dalla Rigolin disse em entrevista à Universa, que o criminoso teria negado o estupro e disse que estava em um relacionamento amoroso com a menina. Uma troca de bilhetes entre o homem e a menina também foi descoberta. A polícia chegou a localizar mensagens de texto no celular dos dois, em que o pastor dizia ter se apaixonado pela adolescente.

Mulher do pastor também sabia, mas queria “salvar” o casamento

Com alegação de queria preservar o casamento, a esposa do pastor, sabia de tudo o o que estava acontecendo mas em nenhum momento foi denunciar o caso. Ela também está sendo acusada por estupro de vulnerável e por tortura física e psicológica, por ter agredido a menina.