Menino de 11 anos faz primeiros socorros sozinho e salva mãe diabética
A mãe de Giulio ficou desacordada depois de ter uma crise de açúcar no sangue
Em Botucatu, no interior de São Paulo, um menino, de 11 anos, fez os primeiros socorros enquanto o Samu não chegava e ajudou a salvar a vida de sua a mãe, que é diabética, e ficou desacordada depois de ter uma crise de açúcar no sangue.
“Eu tenho que ter uma dieta adequada. Dependo muito da atitude dele também pois vira e mexe eu tenho hipoglicemia (queda da concentração de glicose no sangue) e as quedas de açúcar no sangue, no qual eu chego a desmaiar”, disse a auxiliar de enfermagem Giuliana Paola Martin, mãe do menino Giulio.
Foi aí que o menino, sozinho, decidiu ligar para o Samu e pedir ajuda. “Ele verificou que eu estava desacordada e não respondia ao chamado dele. Meu filho fez a checagem da ponta de dedo, verificou que estava muito baixa e daí ele chamou ajuda”, relembrou a mãe.
Giulio desligou a bomba de insulina que a mãe usa, com isso ela parou de receber doses do hormônio. “E nisso ele aguardou a chegada do Samu e o atendimento necessário”, explicou ela.
“A gente pensou que fosse um trote inicialmente, por se tratar [de uma ligação] de um menino tão jovem. Mas logo ficamos mais seguros quando ele disse que ele fez o projeto do Samuzinho e encaminhamos a unidade até sua casa”, disse o socorrista que atendeu o chamado do menino, Emerson Ribeiro.
“Quando nós chegamos no bairro, as crianças acenaram para indicar o local exato do salvamento. O Giulio deixou tudo pronto para o atendimento, inclusive colocando a focinheira em seu cachorro, que é de grande porte, pra nossa equipe entrar com segurança”, disse o também socorrista que atendeu a chamada Carlos Costa.
Giulio tem paixão por carros e seu veículo preferido é a viatura do Samu, que ele ganhou quando tinha apenas 2 anos. O menino está no sexto ano do ensino fundamental e mesmo sendo tão jovem, ele já sabe que quando crescer quer se dedicar a salvar muitas vidas. “Quero salvar outras pessoas e não gosto de ver as pessoas sofrerem”, disse.