Menino de três anos com leucemia mobiliza campanha por doação
Chance de encontrar doador compatível é de uma a cada cem mil, por isso é importante que mais pessoas se cadastrem para doar
A doença de um menino de apenas três anos está mobilizando pessoas em torno de uma campanha importante: levar mais pessoas a realizar o cadastro como doador de medula óssea.
A família do pequeno Henrique, de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, descobriu há dois meses que ele tem um tipo de leucemia crônica, sendo necessário o tratamento com quimioterapia.
A leucemia, popularmente conhecida como “câncer do sangue”, afeta a produção de leucócitos – glóbulos brancos – pela medula óssea, que fazem a defesa do organismo. O transplante de medula é indicado nesses casos.
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O problema é que nem sempre alguém da família do doente é compatível. Entre pessoas que não são parentes, as chances de encontrar um doador é de uma a cada cem mil, por isso é importante que cada vez mais voluntários se cadastrem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Enquanto não for encontrado um doador compatível, Henrique – ou qualquer pessoa que tenha a doença – precisa continuar com tratamentos como quimioterapia e transfusões, como aponta matéria do G1.
Sobre a campanha de mobilização que surgiu nesse sentido após o caso do menino, sua mãe, Sandra, diz: “Para ajudar o Henrique e, claro, outras pessoas esperando por um transplante de medula. Veja a matéria completa.
Como fazer o cadastro de doador
Pessoas com idade entre 18 e 55 anos, em bom estado de saúde, sem doenças infecciosas ou incapacitante, podem fazer parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), como informa a página do Governo do Brasil.
Com um documento com foto em mãos, vá até o hemocentro mais próximo (clique aqui para encontrar o hemocentro mais perto de você) e diga que quer ser doador de medula óssea. Após preencher uma ficha com informações pessoais e assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, será retirada uma amostra de sangue para fazer o exame de histocompatibilidade (HLA), que identificará a característica genética do doador.
As informações genéticas, bem como os dados cadastrais, são enviadas para o registro do Redome. A partir de então, as informações passam a ser constantemente cruzadas com as de quem precisa de transplante. O voluntário recebe uma carteira de doador, com selo do Redome.
O doador só é acionado quando aparecer um paciente com a medula compatível. Em caso de compatibilidade, novos testes são feitos. Após os exames, se confirmada a compatibilidade, uma nova consulta é realizada ao doador para certificar se ele realmente deseja fazer a doação.
De acordo com o responsável pelos transplantes no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), Gustavo Bettarello, na maioria dos casos, a doação é realizada em procedimento ambulatorial, por meio da chamada coleta por aférese. “O doador vai tendo suas células retiradas sem anestesia, sem dor, sem absolutamente nada”, ressalta. Saiba mais sobre o passo a passo da doação.