Menino é agredido com cinto por segurança do Burger King em SP
Rede de fast food afirma que encerrou contrato com a empresa terceirizada
Um menino negro de 12 anos foi agredido com uma cintada pelo segurança do Burger King. O caso ocorreu em uma unidade da Rodovia Anchieta, na zona sul de São Paulo, na noite de terça-feira, 15.
O menino foi agredido após receber um copo de refrigerante de uma cliente e entrar na lanchonete para pegar a bebida.
“Eu entrei. Aí ela foi e me deu um copo. Aí eu falei tá bom. Aí na hora que eu fui encher, ele [segurança] pegou o copo de mim e deixou lá no lixo. Daí, quando fui correr, ele me deu uma cintada”, contou o menino à TV Globo.
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Um outro jovem, que estava com o menino de 12 anos, reagiu às agressões e atacou o segurança. Parte da briga foi filmada e circulou em vídeo por redes sociais. O segurança caiu no chão e aparece no vídeo tomando chutes.
A mãe do menino contou à reportagem da TV Globo que só soube da agressão após o vídeo circular nas redes sociais. Ela acredita que o segurança foi racista pelo fato do filho ser negro. A criança ficou com a marca da cintada nas costas. O caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia do Sacomã.
Em nota, o Burger King afirmou que “repudia qualquer ato de violência”. A empresa informou ainda que “encerrou o contrato com a empresa de serviço terceirizado responsável pela segurança, e que segue apurando o caso para tomar as demais medidas cabíveis”.
O caso também será investigado pela Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania.
Saiba onde e como denunciar casos de violência doméstica:
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Defensoria Pública
No caso de violência doméstica, a Defensoria Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva a um juiz ou juíza. Essa medida de urgência inclui o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima; a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima; a proibição de o agressor entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio; a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso; a restrição ou suspensão de visitas do agressor aos filhos menores; entre outras, como pedidos de divórcio, pensão alimentícia e encaminhamento psicossocial.