Meninos de Belford Roxo foram mortos pelo tráfico, diz polícia

Crianças sumiram há mais de nove meses; corpos nunca foram achados

Os três meninos desaparecidos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foram mortos por traficantes do Complexo do Castelar. A afirmação foi feita nesta quinta-feira, 9, pelo secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski.

Wille Castro da Silva, conhecido como “Estala”, foi o responsável pelo assassinato das crianças de acordo com as investigações. As informações são do jornal Extra.

Lucas Matheus, Fernando Henrique e Alexandre da Silva; Sumiço das crianças completou 7 meses
Créditos: Reprodução/TV Globo
Lucas Matheus, Fernando Henrique e Alexandre da Silva; Sumiço das crianças completou 7 meses

No entanto, segundo a polícia, depois do crime, Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o “Abelha”, teria mandado matar Estala para atrapalhar as investigações.

” Tínhamos várias linhas de investigação, mas a principal teoria sempre foi a de que o tráfico estaria envolvido nessas mortes. Alguns depoimentos indicavam o envolvimento da quadrilha do Castela”, disse Allan Turnowski em entrevista coletiva.

Entenda o caso dos meninos de Belford Roxo

Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, desapareceram no dia 27 de dezembro do ano passado, depois que saíram para brincar na região do Morro do Castelar.

Câmeras de segurança flagraram o último momento em que os três aparecem juntos, andando pela comunidade. As investigações apontam que eles foram mortos após pegarem uma gaiola de passarinho da espécie Curió, avaliando em cerca de R$ 1.000.

Polícia busca por informações que possam levar ao paradeiro de três crianças
Créditos: Reprodução/ TV Globo
Polícia busca por informações que possam levar ao paradeiro de três crianças

No final de julho, um homem acusou o irmão de ocultar corpos dos três meninos de Belford Roxo.

Após a denúncia, o homem acusado de ocultar os corpos se apresentou à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e negou as acusações. Ele afirmou que a denúncia foi motivada por uma rixa com o irmão.

No local indicado onde estariam os corpos,  próxima a uma ponte sobre o rio Botas, policias encontraram alguns ossos. Mas, após perícia, foi constatado que o material orgânico não era humano.