Minha Casa Minha Vida terá moradia de graça em 2024?

Programa habitacional beneficiará 6,2 mil famílias de baixa renda em diversas regiões, impulsionando o setor da construção civil e gerando oportunidades de

Minha Casa Minha Vida facilita compra de imóveis
Créditos: Agência Brasil/ Divulgação
Minha Casa Minha Vida facilita compra de imóveis

O programa Minha Casa Minha Vida, um dos maiores programas habitacionais do Brasil, anuncia uma iniciativa ambiciosa para 2024: a construção de 1,2 mil moradias gratuitas em 27 cidades do Rio Grande do Sul. Essa ação, que faz parte de um esforço para reduzir o déficit habitacional no país, beneficiará aproximadamente 6,2 mil famílias de baixa renda.

Cidades contempladas e esforços em Porto Alegre

Dentre as cidades contempladas, Porto Alegre ganha destaque, especialmente nas áreas afetadas pela duplicação da Avenida Tronco, em decorrência das obras para a Copa do Mundo de 2014. Três conjuntos do Minha Casa Minha Vida, totalizando 356 imóveis, estão destinados a famílias removidas dessa área, proporcionando não apenas moradias, mas também uma solução para um antigo impasse.

Embora o financiamento para esses loteamentos tenha sido aprovado em 2022, os projetos, infelizmente, não saíram do papel até o momento. Adicionalmente, outras 856 habitações serão direcionadas a famílias selecionadas pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab), com critérios específicos que priorizam mulheres chefes de família, pessoas com deficiência e vítimas de violência.

Construção de moradias em cidades afetadas por desastres naturais

O Minha Casa Minha Vida reforça seu compromisso com a população ao incluir a construção de 180 habitações em Encantado, 150 em Lajeado (Vale do Taquari) e 50 em Lindolfo Collor (Vale do Sinos). Essas ações são uma resposta direta aos desastres naturais que assolaram essas regiões ao longo deste ano.

Além de oferecer moradias para quem perdeu suas casas devido a eventos climáticos extremos, o programa também desempenhará um papel crucial na recuperação econômica dessas áreas. O setor da construção civil no Rio Grande do Sul será impulsionado, gerando pelo menos duas mil oportunidades de emprego e contribuindo para a reestruturação das comunidades afetadas.

Investimentos e aumento no limite de renda

O Governo Federal demonstra seu compromisso com o programa Minha Casa Minha Vida ao aumentar o limite de renda familiar para R$ 2,4 mil mensais. Essa medida visa ampliar o acesso à casa própria, proporcionando a oportunidade de realização do sonho da moradia digna para um número ainda maior de brasileiros.

No orçamento de 2024, o Executivo propõe um investimento robusto de R$ 13,7 bilhões no programa, representando um aumento significativo de 41% em relação aos R$ 9,7 bilhões destinados em 2023. Esse investimento substancial evidencia o comprometimento do governo em enfrentar o déficit habitacional e criar condições para que mais famílias alcancem a segurança e estabilidade proporcionadas pela posse de um imóvel próprio.

Inscrições e critérios de elegibilidade

As inscrições para o Minha Casa Minha Vida 2024 estão abertas e encerram-se nesta semana na região Sul do país. O programa é direcionado a famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 8 mil em áreas urbanas e renda bruta familiar anual de até R$ 96 mil em áreas rurais.

As famílias são divididas em faixas de renda, considerando diferentes limites para áreas urbanas e rurais:

Faixas de renda para áreas urbanas

  • Faixa Urbano 1: renda bruta familiar mensal até R$ 2.640;
  • Faixa Urbano 2: renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;
  • Faixa Urbano 3: renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil.

Faixas de renda para áreas rurais

  • Faixa Rural 1: renda bruta familiar anual até R$ 31.680;
  • Faixa Rural 2: renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52,8 mil;
  • Faixa Rural 3: renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96 mil.

Vale destacar que, de acordo com a Medida Provisória, o valor dessas faixas de renda não leva em consideração benefícios temporários, assistenciais ou previdenciários, como o auxílio-doença, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família.

Novas regras e inclusões sociais

A Medida Provisória também introduz importantes mudanças nas regras do programa. Agora, 50% das unidades habitacionais serão reservadas para famílias da Faixa 1, ampliando ainda mais o acesso para aqueles com renda mais baixa. Além disso, o programa passará a incluir pessoas em situação de rua na lista de possíveis beneficiários.

Uma mudança significativa diz respeito à titularidade dos contratos e registros das moradias, que passarão a ser preferencialmente no nome da mulher. Essa decisão visa fortalecer o protagonismo feminino e garantir mais autonomia para as mulheres na conquista de sua moradia própria, podendo firmar contratos sem a necessidade de autorização do cônjuge.