Ministro da Educação, Weintraub arranja problema com Embaixada da China
Governo Bolsonaro continua cutucando nosso principal parceiro comercial com vara curta
Após ter usado o personagem Cebolinha, da “Turma da Mônica”, para debochar do povo chinês, o ministro da Educação Abraham Weintraub conseguiu arranjar problemas com a Embaixada da China no Brasil. No fim de semana, Weintraub insinuou que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus.
Depois de postar, como se fosse uma criança a mexer a pela primeira vez o Twitter, e perceber a idiotice que havia feito, o ministrou apagou a publicação. Mas já era tarde demais. A Embaixada da China no Brasil respondeu à provocação de Weintraub, repudiando fala “preconceituosa” do ministro, e exigindo um pedido público de desculpas.
“Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.
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“Atualmente, a pandemia da Covid-19 está se espalhando globalmente, trazendo um desafio que nenhum país consegue enfrentar sozinho. A maior urgência neste momento é unir todos os países numa proativa cooperação internacional para acabar com a pandemia com a maior brevidade”.
“Instamos que alguns indivíduos do Brasil corrijam imediatamente os seus erros cometidos e parem com acusações infundadas contra a China”, disse o comunicado da embaixada.
Só para lembrar: a China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo. Grande parte das exportações brasileiras vai para o país asiático. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio bilateral entre os dois países movimentou US$ 98 bilhões em 2019.