Missionário é preso por estuprar menina de 4 anos dentro da igreja
O caso aconteceu em Itanhaém, no litoral de São Paulo e o homem foi preso em flagrante por estupro de vulnerável
Um missionário peruano da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi preso em flagrante pela polícia por estuprar menina de 4 anos dentro da instituição religiosa. O caso aconteceu em Itanhaém, no litoral de São Paulo. A mãe da vítima presenciou o ato e realizou a denúncia, de acordo com informações obtidas pelo portal ‘G1’.
Em depoimento, a mãe da menina contou que ao participar de uma reunião na igreja, a filha foi até uma sala onde eram oferecidas aulas infantis para pegar um brinquedo.
O missionário acusado de estupro que era abrigado pela igreja, estava na sala. De acordo com ocorrência, quando a menina entrou, o suspeito pegou a mão dela, colocou em seu órgão genital e começou a realizar movimentos repetitivos.
A mãe, quando se deu conta da ausência da menina, saiu em sua procura e quando chegou na sala viu que o homem guardou algo dentro das calças ao ouviu a porta abrir.
A vítima confirmou para a mãe o que tinha acontecido, confirmando o abuso sexual.
Ainda segundo o G1, o peruano confessou o crime à lideranças da igreja. A Polícia Militar foi até o local e o suspeito foi encaminhado à Delegacia Seccional de Itanhaém. A vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito e o homem foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. A Embaixada Peruana no Brasil foi comunicada do ocorrido.
Diariamente, crianças e adolescentes são expostos à violência sexual. Até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.
Isso se dá por inúmeros fatores como, por exemplo, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas (que às vezes não entendem o que está acontecendo com elas) e pela “vergonha” e falta de informação sobre o assunto de familiares.
Segundo o estudo da Rainn, a maior organização social contra a violência sexual dos Estados Unidos, 93% dos casos acontecem quando o agressor é próximo e tem “poder” sobre a vítima, como pais, primos, tios, avôs, vizinhos e professores.
Como proteger as crianças da violência sexual
Embora o abuso infantil seja um tema complicado de ser abordado, ele é extremamente importante. Primeiro, porque é algo que acontece frequentemente em muitos lares brasileiros e, segundo, porque ele pode ter consequências danosas às vítimas.
Por isso, é de extrema importância que os pais estejam cientes das seguintes dicas:
- Explique para a criança quais são as partes íntimas do corpo
É importante que as crianças aprendam a nomear corretamente as partes do corpo e saibam identificar o que é íntimo, assim ela pode relatar aos pais quando algo fora do comum acontecer. Explique que ninguém pode tocar nessas regiões e nem vê-las, apenas os pais quando forem dar banho ou trocar de roupa.
- Explique sobre os limites do corpo
Converse com a criança sobre permissão. Ensine que ninguém pode tocar as suas partes íntimas, nem ela não pode tocar nas partes íntimas de nenhuma pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis estratégias usadas por abusadores, como trocar carícias por doces, apresentar um “cachorrinho” e assim por diante.
- Incentive seu filho a conversar com você
Muitas vezes, os abusadores pedem às crianças para manterem o ocorrido em segredo, seja ameaçando ela ou de maneiras lúdicas. Por isso, ensine que segredos não são coisas boas e que ele sempre pode e deve contar a você tudo o que acontece. Lembre-se que essa relação de confiança é muito importante e, por isso, a criança NUNCA deve ser punida, criticada ou castigada por contar qualquer coisa sobre o seu corpo.
- Saiba o que ele está fazendo
Muitos dos casos de abuso infantil acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho está fazendo mesmo quando você não estiver.
Se for preciso deixá-lo por horas com um adulto ou um adolescente responsável, tenha meios de vigiá-los por um tempo para saber como é esta relação ou prefira situações nas quais seu filho esteja junto a um grupo, pois isso dificulta a ação de abusadores.
Mesmo nesses casos, não baixe a guarda: tente saber sobre as pessoas que cuidarão da criança durante sua ausência. Por exemplo, se você for inscrever seu filho em um acampamento, saiba quem são os monitores e qual preparo eles possuem para prevenir e reagir contra um possível abuso.
- Preste atenção nas reações da criança
Sempre analise a reação da criança. Se ela demonstra não ter afeição por alguém próximo, que ela teoricamente deveria desenvolver afeto, tente entender o motivo.
- Identifique os possíveis sinais de um abuso
Não é fácil notar sinais físicos de um abuso sexual, mas é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como: irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva, introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, xixi na cama e presença de comportamentos regressivos (por exemplo, voltar a chupar o dedo). Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não-natural para a sua idade, física e mental.
Se você notar algum desses sinais, tome cuidado com a sua reação, porque ela pode fazer com que a criança se sinta ainda mais culpada. O importante é apoiar a criança, escutar o que ela tem a dizer e não duvidar da sua palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o ocorrido e lidar com o fato.
Para saber mais informações sobre abuso infantil, como denunciar e como agir, clique aqui.