Modelos acusados de ‘atos não-islâmicos’ são presos no Irã
Como Facebook, Twitter e YouTube continuam bloqueados no Irã, o Instagram se tornou popular no país. O problema é que várias pessoas estão sendo punidas pelo governo por publicar na rede social.
12 pessoas foram presas com sentenças de até seis anos por causa de suas fotos no Instagram. De acordo com o site France 24, as prisões fazem parte do “Spider II”, programa do governo iraniano que caça cidadãos fazendo “atos não-islâmicos” online.
A Associated Press diz que desde março, a operação já abordou pelo menos 170 pessoas. O promotor Esmail Sadeghi Nyarki também revelou que em novembro, o governo fechou sete agências de modelos encontradas online por “ameaçar a segurança moral e a ordem pública”. Fotógrafos, estilistas e modelos foram presos após serem investigados e entregarem evidências de que eles estavam “investindo em publicar conteúdo vulgar”. Já em maio, o promotor Javad Babaei afirmou a uma televisão estatal que o governo prendeu oito pessoas por “fazerem e espalharem promiscuidade e uma cultura imoral e não-islâmica”.
- Ativistas do Greenpeace são presos em protesto no Palácio do Planalto
- Suspeito de espancar ambulante até a morte no metrô é preso em SP
- Duas adolescentes são presas no Marrocos após se beijarem
- Brasileira relata como é ser mulher no Irã
No entanto, muitos outros cidadãos não concordam com o governo iraniano em relação ao uso do hijab e outros códigos morais. Tanto é que surgiu a campanha “My Stealthy Freedom” (“minha liberdade furtiva”), que compartilha fotos de mulheres iranianas sem usar o lenço na cabeça.