Modelos acusados de ‘atos não-islâmicos’ são presos no Irã

08/12/2016 09:43

Como Facebook, Twitter e YouTube continuam bloqueados no Irã, o Instagram se tornou popular no país. O problema é que várias pessoas estão sendo punidas pelo governo por publicar na rede social.

A maquiadora iraniana Elnaz Golrokh foi presa em
A maquiadora iraniana Elnaz Golrokh foi presa em

12 pessoas foram presas com sentenças de até seis anos por causa de suas fotos no Instagram. De acordo com o site France 24, as prisões fazem parte do “Spider II”, programa do governo iraniano que caça cidadãos fazendo “atos não-islâmicos” online.

A Associated Press diz que desde março, a operação já abordou pelo menos 170 pessoas. O promotor Esmail Sadeghi Nyarki também revelou que em novembro, o governo fechou sete agências de modelos encontradas online por “ameaçar a segurança moral e a ordem pública”. Fotógrafos, estilistas e modelos foram presos após serem investigados e entregarem evidências de que eles estavam “investindo em publicar conteúdo vulgar”. Já em maio, o promotor Javad Babaei afirmou a uma televisão estatal que o governo prendeu oito pessoas por “fazerem e espalharem promiscuidade e uma cultura imoral e não-islâmica”.

No entanto, muitos outros cidadãos não concordam com o governo iraniano em relação ao uso do hijab e outros códigos morais. Tanto é que surgiu a campanha “My Stealthy Freedom” (“minha liberdade furtiva”), que compartilha fotos de mulheres iranianas sem usar o lenço na cabeça.