Morre advogado atingido pela própria arma em hospital de São Paulo
Leandro Mathias estava internado desde o dia 16 de janeiro, quando foi atingido na barriga enquanto acompanhava a mãe em exame
O advogado Leandro Mathias, que foi atingido por um disparo da própria arma enquanto acompanhava a mãe em uma ressonância magnética, não resistiu ao ferimento e morreu nesta segunda-feira, 6. Internado desde o dia 16 de janeiro, o advogado era conhecido por produzir conteúdos pró-armas nas redes sociais.
Favorável a políticas armamentistas, Leandro costumava usar seu perfil no TikTok com mais de 7 mil seguidores para tirar dúvidas sobre o porte de arma.
O acidente com Leandro, de 40 anos, ocorreu enquanto ele acompanhava a mãe no laboratório Cura, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, nos Jardins, região central da capital paulista.
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“É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família neste momento de dor”, escreveu a OAB-SP de Cotia no Instagram.
O que exatamente aconteceu?
Segundo a polícia, no dia 16 de janeiro, Leandro acompanhou a mãe na sala do exame portando uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições.
Um representante do laboratório contou à TV Globo que Leandro estava com a arma na cintura e se aproximou para ajudar a posicionar a mãe, que estava deitada na maca para entrar na ressonância magnética.
Foi então que o advogado teria ficado a um metro de distância da máquina, quando a arma foi atraída como um imã e disparou na direção do abdômen após bater na parede do aparelho médico.
Por pouco, o tiro não atingiu funcionários no local, ainda de acordo com o representante.
Em nota, o laboratório lamentou o ocorrido e informou que não sabia que o rapaz estava armado.
O texto também ressalta que a paciente e o acompanhante foram alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico para entrarem na sala de exame. Além disso, ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação.
Desde o dia do disparo, Leandro permanecia internado no Hospital São Luiz, passou por três cirurgias e ficou em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ainda de acordo com a polícia, o advogado possuía autorização para portar a arma.
O 14º Distrito Policial (DP) pediu que o Instituto de Criminalística (IC) periciasse a arma e o local onde ocorreu o disparo.