Morrissey quer se candidatar à prefeitura de Londres para lutar por justiça aos animais

O cantor é conhecido como ativista pelos direitos dos animais

15/03/2016 14:22

O cantor britânico Morrissey, ex-vocalista da banda The Smiths e ativista pelos direitos dos animais, poderá se candidatar à prefeitura de Londres. Na carta publicada em seu site oficial, o artista vegano fala sobre a provável candidatura à administração da capital da Inglaterra e critica o consumo de laticínios.

No comunicado, Morrissey lista os motivos que o fizeram considerar entrar para a política. O britânico pretende, se eleito, governar para todas as pessoas e promover justiça social, mas com foco nos animais, que sempre foram esquecidos pelo poder público.

O cantor pode ser candidato à prefeitura da capital inglesa
O cantor pode ser candidato à prefeitura da capital inglesa

As eleições para a prefeitura de Londres vão acontecer ainda em 2016. Embora ainda não confirmada, a candidatura de Morrissey é provável.

Leia a carta traduzida na íntegra:

“Grupos de defesa aos animais não podem persistir por persistir. É necessário uma voz governamental contra a infernal e arcaica injustiça que cerca os animais no Reino Unido. O que esses grupos têm a dizer é importante de ser dito e importante de ser ouvido.

Os maus-tratos aos animais são uma extensão do que acontecia nos campos de concentração nazistas, e se você faz parte da população que bebe leite, você apoia um sistema de tortura institucionalizado.

Não existe abatedouro humanitário e se você acha que existe, porque não faz a experiência por conta própria? Se o assassino em série de animais Jamie Oliver gosta tanto de incluir ‘carne de crianças’ (cordeiros) na dieta humana, por que ele não inclui um de seus filhos também? Se não, por que não?

O que faz com que essas pessoas não tenham absolutamente nenhuma misericórdia para com os animais? O ódio os norteia?

A indústria da carne, além de todo o resto, não mostra nenhuma compaixão ao planeta, às mudanças climáticas, aos animais, à saúde humana. É diabolicamente artificial e é o problema número um do mundo. É também a primeira coisa a ser abafada em qualquer debate político, o que, de alguma forma, destaca a sua importância.

O matadouro significa efetivamente que nenhum de nós está seguro. Basta pesquisar sobre os terríveis efeitos da produção de carne no nosso clima, meio ambiente, campos, florestas, lagos, rios, mares, ar e espaço. Você ficará de olhos arregalados. Nenhum outro desastre global maior pode ser concebido.

Justiça social para os animais não é pedir demais, porque estamos apenas pedindo para que os seres humanos pensem racionalmente e com o coração, mesmo sendo incapaz de caçar raposas e atirar em pássaros deixará a família Saxe-Coburg-Gotha [?] sem mais nada para fazer.”