Morte da pequena Ágatha é recebida com silêncio por Bolsonaro e Witzel

Três dias após o assassinato da menina Ágatha Vitória Sales Félix, 8 anos, morta na noite de sexta-feira, 20, por um tiro nas costas enquanto retornava para casa de Kombi com a mãe, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, a PM ainda não se manifestou sobre o que ocorreu no local.

Segundo a versão da PM, dada na sexta-feira, os policiais teriam sido atacados e revidaram. Os moradores, no entanto, afirmam que não havia tiroteio e acusam um policial de ter desferido o tiro.

Nem o governador do Wilson Witzel e o presidente Jair Bolsonaro se pronunciaram sobre o caso.

Agatha morreu com um tiro nas costas, após um dia de passeio com a mãe
Créditos: Reprodução/TV
Agatha morreu com um tiro nas costas, após um dia de passeio com a mãe

A Polícia Militar não esclareceu, ainda, se criminosos dispararam algum tiro que possa ter atingido alguma viatura. Tampouco informou quantas viaturas e quantos soldados estiveram envolvidos na operação.

Ágatha estava no 3º ano do ensino fundamental em um colégio particular de Ramos e era tida como excelente aluna. Estudava também dança, perto de casa. Um vídeo com o desespero do avô circulou forte, ontem, nas redes sociais.

De acordo com o Globo, os PMs que estavam na ação que resultou na morte da pequena Ágatha serão ouvidos na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital nesta segunda-feira, 23, às 11h.

A pequena Ágatha é a nona criança morta em ação da PM desde que Witzel assumiu o governo com uma política de incentivar confronto policial.