Morte de Bunitinho: Há contradições nas versões dos policiais
Segundo policiais do Bope, os tiros partiram de bandidos no alto do morro. A perícia indica que os tiros foram disparados de perto
O carro onde o fenômeno da internet Diego de Farias Pinto, o Bunitinho, e outras duas pessoas foram mortas na madrugada de quinta-feira, 5, no Morro do Dendê, Zona Norte do Rio de Janeiro, durante uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foi periciado pela Polícia Civil que constatou que os tiros partiram de quem estava perto do carro e não de longa distância como teriam afirmado policiais. Ao todo, 19 tiros acertaram o automóvel. Com informações do jornal ‘Extra’.
Bunitinho, Jorge Tadeu Sampaio, Jocelino de Oliveira Júnior e Sidney Antunes Figueiredo, todos de 36 anos, ficaram em meio um tiroteio quando saiam de um baile funk na comunidade e morreram no local.
O Grupo Especial de Local de Crime (Gelc) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) fizeram uma perícia. Os policiais civis foram, também, em busca de câmeras de segurança e testemunhas do confronto entre a polícia e supostos criminosos, ainda na quinta-feira.
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Segundo a Polícia Militar, a Secretaria de Inteligência da corporação recebeu uma denúncia de que chefes do tráfico de diversas comunidades do Rio de Janeiro se reuniam no Morro do Dendê, naquela noite de quinta-feira. O Bope foi chamado para averiguar e teria sido recebido com tiros ao chegar no local.
Os militares negaram que tenham atirado no carro onde estava Bunitinho. Segundo policiais do Bope que participavam da operação, os tiros partiram de bandidos que estariam no alto do morro e disparavam contra os agentes que tentavam checar a denúncia de reunião entre diversos traficantes.
A pericia preliminar indica que os tiros foram dados de perto e não de longe.
Quatro policiais militares do Bope, que estavam na ação, prestaram depoimentos da Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca. Os fuzis dos agentes foram apreendidos, e passarão por perícias no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). O objetivo é saber se foram das armas dos policiais que sairam os tiros que mataram Bunitinho e outras 2 pessoas dentro do carro. Naquela noite, mais uma pessoa foi morta.
De acordo com investigadores da Polícia Civil, os depoimentos dos policiais militares não batem e há contradições. Segundo a Polícia Civil, estes PMs poderão ser convocados a prestarem esclarecimentos nos próximos dias.