Motorista de App é preso acusado de estuprar mulheres no Ceará
O acusado será indiciado por estupro e estelionato
A Polícia Civil de Fortaleza prendeu na noite da última quinta-feira, 16, um motorista de aplicativo de 26 anos, acusado de estuprar pelo menos quatro mulheres durante corridas.
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará à imprensa, nesta sexta-feira, 17, Patrick Carneiro do Nascimento tinha um modo de operar e um perfil específico de vítima a ser escolhida. Geralmente, o suspeito raptava passageiras com idade entre 20 e 25 anos e levava-as para alguma região deserta dos bairros Dunas, Aldeota e Cocó.
Ainda segundo as autoridades, Patrick se apresentava de uma maneira educada e comportada, bem vestido, a fim de afastar quaisquer suspeitas, e só agia após se certificar de que as mulheres estavam desacompanhadas.
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Os crimes costumavam acontecer sempre tarde da noite e nos primeiros horários da madrugada. As vítimas saiam de bares da Aldeota com destinos às suas respectivas casas, mas em vez do endereço da residência, elas eram levadas para terrenos abandonados, onde eram estupradas.
Após cometer a violência física, Patrick roubava os pertences das mulheres e as abandonavam no local, segundo informou a polícia.
A investigação do caso está sendo conduzida pelo Departamento de Inteligência (DIP) e o 15º Distrito Policial (da cidade 2000). Até o momento, duas vítimas foram confirmadas, mas as autoridades acreditam que existem outras mulheres que foram violentadas pelo suspeito. Ainda, ele agia em vários aplicativos do gênero.
Patrick Carneiro do Nascimento continua preso e será indiciado por estupro e estelionato. No ato de prisão do mesmo, foram apreendidos celulares e notebooks pertencentes a ele, que foram encaminhados para perícia.
Como denunciar assédio sexual ou estupro?
O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.
No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).