Diárias de Mourão em Angola pagariam auxílio emergencial a 1.642 famílias
Vice-presidente foi à África e tratou de interesses da Igreja Universal
A viagem do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) à Angola custou R$ 616 mil em diárias aos cofres públicos. Esse gasto é equivalente ao auxílio emergencial pago a, pelo menos, 1.642 famílias –considerando o maior valor.
A 6ª parcela do auxílio emergencial 2021, paga pela Caixa Econômica Federal ontem, 30, variou entre R$ 150 e R$ 375. Apenas famílias chefiadas por mulher sem cônjuge ou companheiro e com mais uma pessoa receberam o valor mais alto.
Considerando que o preço do gás de cozinha chegou a R$ 135 na região Centro-Oeste do Brasil e um saco de cinco quilos de arroz a R$ 40 em diversos Estados, sem mencionar a carne, o valor não é o bastante como “auxílio”.
Além da comitiva de Mourão, que usou aviões da FAB, 21 servidores do governo foram para Luanda em voos particulares, que custaram mais R$ 609.159 –ou seja, o auxílio emergencial de outras 1.624 famílias.
Mourão foi à XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Luanda. O vice-presidente, no entanto, tratou da crise da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.
Apesar de ser maquiada de “cristofobia” nas redes sociais, a Igreja Universal de Angola é acusada de lavagem de dinheiro. O processo corre atualmente sob sigilo.