Movimento quer resgatar importância da imperatriz Leopoldina

Você sabia que #FoiEla quem assinou, em 2 de setembro de 1822, o decreto da Independência do Brasil?

05/09/2018 11:28 / Atualizado em 05/05/2020 11:49

A ação convida as pessoas a compartilharem a hashtag #foiela para resgatar esse fato histórico
A ação convida as pessoas a compartilharem a hashtag #foiela para resgatar esse fato histórico - Reprodução / #foiela

Para resgatar a importância da imperatriz Leopoldina, apagada pela história, na Independência do Brasil, foi lançado neste domingo, 2, o movimento #foiela. De acordo com a iniciativa, Maria Leopoldina de Áustria (1797-1826), esposa do imperador Dom Pedro I (1798-1824), foi quem assinou, em 2 de setembro de 1822, o decreto da independência — que, cinco dias depois, culminaria no Grito do Ipiranga.

A assinatura do decreto da independência foi feita no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, antiga residência imperial. Passados 196 anos, o prédio foi atingido por um incêndio e perdeu cerca de 90% de seus mais de 20 milhões de itens do acervo.

A ação é apoiada pelo grupo “Mulheres do Brasil”, liderado pela empresária Luiza Trajano, que deseja que a história brasileira dê à imperatriz o devido reconhecimento e resgate do seu papel no processo que colocou o país na fase Imperial. O movimento convoca o público a compartilhar a hashtag #foiela e passar essa história adiante.

História

O que dizem os historiadores é que, ao se ausentar da Corte em agosto de 1822, por conta de sua viagem a Portugal, Dom Pedro I transferiu oficialmente, pela primeira vez, o poder de governo do Brasil à Leopoldina, que passava a ser a Regente do Brasil.

Dias depois da partida de Dom Pedro, a Princesa Leopoldina tomou conhecimento de uma mensagem da Coroa Portuguesa exigindo que a família real voltasse imediatamente para Portugal. Coube a ela convocar José Bonifácio e o Conselho de Estado para definir o futuro do Brasil.

No dia 2 de setembro de 1822, esse grupo, liderado pela Princesa Regente, decidiu pela independência. Coube a ela, então, assinar a carta que seria entregue a D. Pedro e que formalizava a posição que se acreditava ser a mais acertada para eles e para a nação. Sob presidência dela, foi deliberado ao D.Pedro realizar a independência política entre Portugal e o Brasil e que culminou no grito do Ipiranga.