MP aponta superfaturamento em negócios de Flávio Bolsonaro
Flávio lucrou R$ 3,089 milhões em transações com suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontou indícios de superfaturamentos em transações realizadas pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em processos de compra e venda de imóveis.
A informação foi divulgada pela Revista Veja, na noite desta quarta-feira (15). Segundo a reportagem, o MP apontou que “entre 2006 e 2009, ele teria investido 9,425 milhões de reais na compra de 19 imóveis, entre salas e apartamentos”.
De acordo com a reportagem de Veja, os promotores afirmam que entre 2010 e 2017, o então deputado estadual lucrou 3,089 milhões de reais em transações com “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas.
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A revista apurou ainda que o MP afirma que a suposta fraude pode ter ocorrido para “simular ganhos de capital fictícios” que encobririam “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio. A quebra de sigilo foi concedida pelo juiz da 27º Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana Nicolau.
No último dia 13, a Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizou a quebra de sigilo bancário do senador e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Flávio passou a ser investigado após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar movimentação financeira considerada atípica na conta corrente de Queiroz.
O relatório do Coaf apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta do ex-asssessor – entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Outros 88 funcionários ou ex-funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro, da época em que ele era deputado estadual no Rio de Janeiro, também terão seus dados bancários analisados. Entre eles estão Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, irmã e mãe do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como um dos líderes do Escritório do Crime, uma das principais milícias do Rio.