Mulher ameaçada pelo namorado pede ajuda pelo app da Pizza Hut

07/05/2015 16:45 / Atualizado em 04/05/2020 17:18

A norte-americana Cheryl Treadway, de 25 anos, estava em seu apartamento com os três filhos e outras duas crianças quando foi ameaçada pelo próprio namorado, mas conseguiu salvar a vida de todos após pedir socorro pelo aplicativo de entrega da Pizza Hut. A jovem, que vive na Flórida, EUA, enviou uma mensagem secreta “por favor, chame a polícia” junto do pedido da pizza de pepperoni. As informações são do Terra.

Mensagem enviada pela jovem: “Por favor, socorro. Liguem para a polícia para mim”
Mensagem enviada pela jovem: “Por favor, socorro. Liguem para a polícia para mim”

Após discutir com o namorado Ethan Nickerson, 26 anos, Cheryl sentiu-se ameaçada pois ele estava sob os efeitos de metanfetamina e afiava uma faca na sua frente, sugerindo que a mataria. Desesperada, ela disse que pediria comida pelo celular, escrevendo uma mensagem de socorro no aplicativo da pizzaria.

Os funcionários da loja Avon Park Pizza Hut reconheceram o nome e o endereço da cliente e logo alertaram a polícia sobre o caso. Oficiais se dirigiram rapidamente ao local e escoltaram a mulher e as crianças, prendendo o suspeito.

Ethan Nickerson foi acusado de agressão agravada com uma arma, sem intenção de matar, além de cárcere privado, obstrução da justiça, privando a comunicação à aplicação da lei.

Leia a matéria na íntegra.

Veja como denunciar a violência doméstica

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.