Mulher contrata garoto de programa antes de matar marido no motel
O homem assassinado era membro do alto escalão de uma empresa de consultoria empresarial americana e foi isso que ajudou a polícia a encontrar a mulher
Marcella Ellen Paiva Martins, 31, contratou um garoto de programa para ir ao quarto em que estava hospedada com o noivo, Jordan Guimarães Lombardi, 39 anos, no Motel Park Way, no Setor de Postos e Motéis Sul, no Distrito Federal, momentos antes de atirar e matar o companheiro com um tiro que atingiu o olho direito dele. Ela foi presa.
A prisão em flagrante foi convertida para prisão preventiva após audiência de custódia, poia Marcela praticou um roubo à mão armada, quando abordou o motorista de uma Kombi escolar, na BR-070, momentos após o homicídio.
De acordo com depoimento de Marcela, ela pagou via Pix, o valor de R$ 5 mil, para o garoto de programa, mas negou que tenha feito sexo com ele. Segundo a mulher, o companheiro agrediu o profissional.
O garoto de programa chegou ao motel usando um carro de aplicativo como transporte. Ele ficou no local por cerca de duas horas e foi embora assustado com a briga do casal e, depois de perceber que havia uma arma de fogo no local.
A mulher confessou o crime à Polícia Militar de Goiás.
Em um site de acompanhantes de luxo, a mulher se descrevia como “culta e envolvente”. “Proporciono encontros maravilhosos de forma espontânea e liberal. Adoro a troca de beijos intensos e realizar fantasias”, diz trecho da apresentação.
Marcela é bacharel em direito e se relacionava com a vítima há dois anos. O homem assassinado era membro do alto escalão da McKinsey & Company, uma empresa de consultoria empresarial americana.
O advogado Johnny Cleik contou que o casal voltava de São Paulo quando pararam no Motel Park Way. “Consumiram droga desde segunda-feira. Cocaína, ecstasy, maconha”, relata. “Ela e o noivo iriam se casar em janeiro [do próximo ano]. Vieram de São Paulo de carro”, afirmou o profissional, ao portal Metrópoles.
Cleik disse que o casal teve um surto psicótico no motel. “Começaram uma discussão, ele a agrediu, deu alguns tapas nela. Teve uma questão envolvendo algumas fotos íntimas que a gente não vai divulgar, mas ela apontou a arma para ele, e ele foi para cima. E falou: ‘Pode me matar, não estou nem aí, não quero saber da minha vida também’. Ela respondeu que não faria isso, e ele foi lá e deu outro tapa nela. Quando ele deu esse segunda tapa, com a arma apontada, apertou o gatilho”, relatou o advogado.
“Ela se evadiu do motel em que estavam, e o carro, por se tratar de veículo da empresa, foi bloqueado. Ela fugiu tentando chegar a São Paulo, mas o carro parou em Águas Lindas por conta do rastreador”, afirmou Cleik.
Quando saia do motel, Marcella bateu no portão do motel com o Audi Q7 que dirigia. O carro foi bloqueado na BR 070, que só foi possível por causa do rastreamento feito pela empresa em que Jordan trabalhava.