Mulher de Eduardo Bolsonaro se arrepende de criticar movimento antivacina

Mais cedo, Heloísa Bolsonaro havia dito que ser antivacina é "coisa de retardado"

25/11/2020 15:24

A mulher do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Heloísa Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira, 25, que “errou” ao criticar o movimento antivacina, que questiona a necessidade de imunização de crianças e adultos e se desculpou por chamar o movimento de “coisa de retardado”.

Mulher de Eduardo Bolsonaro se arrepende de criticar movimento antivacina
Mulher de Eduardo Bolsonaro se arrepende de criticar movimento antivacina - Reprodução/Instagram

“Sobre o que falei anteriormente sobre o movimento antivacinação: errei ao emitir opinião sobre algo que, como disse, não conheço (e detesto opinião atoa). Mas agora, como mãe, eu olho para a minha filha e só penso em protegê-la, de todas as formas. Mas não sei sobre o movimento, seus argumentos. Opinei com base no que já ouvi. Se você possui suas convicções, ignore”, escreveu Heloísa Bolsonaro, esposa de Eduardo, em mensagem publicada no seu Instagram .

“E [o movimento antivacina] não é coisa de retardado, me desculpem. São apenas pessoas que pensam diferente, ou possuem informações que eu não possuo”, completou.

Ainda hoje, a mulher de Eduardo Bolsonaro havia afirmado que o movimento antivacina seria “coisa de retardado” ao responder um seguidor que perguntou se Geórgia, sua filha recém-nascida, tomará todas as vacinas,

A nova posição de Heloísa sobre o movimento antivacina vai na contramão do posicionamento de Eduardo Bolsonaro e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que recentemente defenderam que a vacina contra a covid-19, quando liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não deve ser obrigatória.

Pela legislação brasileira, fica a cargo do Ministério da Saúde determinar quais vacinas são obrigatórios no Brasil. Vacinas como a BCG, aplicada ainda na maternidade, contra a Hepatite B e contra a poliomielite, por exemplo, são obrigatórias.

Bolsonaro ainda sancionou outra lei, em fevereiro que prevê a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. No texto da lei diz:

“Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, poderão ser adotadas, entre outras, as seguintes medidas:

I – isolamento;

II – quarentena;

III – determinação de realização compulsória de:

a) exames médicos;

b) testes laboratoriais;

c) coleta de amostras clínicas;

d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou

e) tratamentos médicos específicos”.

Apesar de sancionado a lei, Bolsonaro se disse contra a vacinação obrigatória contra a covid-19, na frente dos 20 líderes das maiores economias do mundo que participavam da cúpula do G20. “É com esse objetivo que participamos de diferentes iniciativas voltadas ao combate à doença. No entanto, é preciso ressaltar que também defendemos a liberdade de cada indivíduo para decidir se deve ou não tomar a vacina. A pandemia não pode servir de justificativa para ataques às liberdades individuais”, defendeu o presidente.