Mulher filma homem em vagão feminino no RJ e é agredida
Em entrevista ao jornal O Globo, a locutora e violinista Cláudia Barcellos, de 51 anos, denunciou ter sido agredida na noite desta quarta-feira, dia 5, após filmar um homem dentro do vagão feminino no metrô do Rio de Janeiro. Os carros exclusivos para mulheres circulam nos dias úteis das 6h às 9h e das 17h às 20h. A Lei do Vagão Feminino, em vigor desde 2006, também é válida para trens.
Desde que começou a usar o metrô à tarde, há cerca de quatro meses, Cláudia Barcellos logo identificou que os vagões destinados às mulheres sempre estão lotados de homens e sem fiscalização efetiva. Por isso, decidiu usar seu celular para filmar e fotografar todos os dias essas cenas e enviá-las para a concessionária Metrô Rio, em busca de uma solução.
Nesta semana, um homem de 50 anos ficou irritado por estar sendo filmado e deu um tapa no braço da violinista, derrubando seu smartphone no chão. Ela pegou o aparelho e continuou a registrar as imagens, mas ele a agrediu de novo. Depois da violência, um grupo de mulheres saiu em defesa da vítima, gritando e batendo nas janelas do trem para pedir ajuda aos seguranças.
- Saúde mental da mulher é pauta da cultura no mês de setembro em São Bernardo do Campo
- Mulheres em situação de violência terão prioridade em programa de emprego
- Lula determina que delegacias da mulher fiquem abertas 24h
- Mulher trans é expulsa da Viradouro após tentar usar banheiro feminino
O homem tentou fugir assim que abriu as portas, na Estação General Osório, em Ipanema, mas foi levado por agentes do metrô até a 14ª DP (Leblon). Em seguida, ele prestou depoimento e foi liberado.
Ao jornal, a concessionária Metrô Rio informou que, no caso do ataque a Cláudia, “um dos agentes de segurança interveio e conteve o agressor, até a chegada da polícia” e que “não tolera esse tipo de atitude e se solidariza com a vítima”.
A empresa também afirmou que cumpre a lei e oferece o vagão sinalizado com a cor rosa às mulheres. “Entretanto, a lei não confere poderes aos agentes de segurança para que eles retirem um homem do carro feminino”, completou.