Mulher morre após ter o corpo queimado pelo ex no interior de SP
Feminicídio: a cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil
Mais um caso de feminicídio fez uma nova vítima no Brasil, país em que a cada duas horas, uma mulher é assassinada. Dessa vez, o crime ocorreu em Franca, no interior de São Paulo. Vera Lúcia Coutinho, de 46 anos, morreu nesta quarta-feira, 22, três dias após ter o corpo queimado pelo ex-namorado.
A mulher estava dentro de seu carro na porta de casa, no Jardim Guanabara, no último domingo, 19, quando José Velório Fonseca Mendes, de 32 anos, jogou contra ela uma garrafa pet com álcool e ateou fogo ao seu corpo. De acordo com informações do Estadão, testemunhas disseram que o homem não aceitava o fim do relacionamento. Ele fugiu depois do crime.
A mãe da vítima, Maria Aparecida Coutinho, testemunhou o crime e sofreu queimaduras leves ao tirar a filha do veículo. Ela estava na calçada quando viu o momento em que o agressor chegou com uma mochila nas costas. “Quando minha filha saiu de casa, entrou no carro e colocou o cinto, ele foi rápido, jogou o álcool e pôs fogo”, contou.
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Mendes responderá por feminicídio, informou a polícia. A Justiça pediu a prisão do homem, mas ele está foragido.
Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.