Mulher morta na frente dos filhos incentivava vizinha a se separar do assassino
Uma das causas mais recorrentes do feminicídio no Brasil: quando o homem não aceita a separação do relacionamento
Ângela Muczinski, mulher morta na frente dos próprios filhos pelo marido da vizinha, incentivava a amiga a terminar com o assassino, segundo testemunhas informaram à TV TEM, filiada da Rede Globo. O crime aconteceu na cidade de Salto, interior de SP, no último domingo, 27.
O criminoso, identificado como Claudemir Pereira, de 45 anos, bateu e abordou o carro onde estava Ângela Muczinski. De acordo com informações da Polícia Militar e testemunhas, ele atirou na ex-companheira e na vizinha dela, e em seguida se suicidou.
Ângela saiu do veículo e foi baleada, no bairro da Estação. Devido aos ferimentos, ela não resistiu e morreu no local. Os dois filhos da mulher morta, de apenas 2 e 4 anos de idade, presenciaram o crime, e seguiram para um restaurante do bairro.
Em seguida, o homem foi até um petshop no bairro Jardim Arco Íris e atirou contra a ex-mulher, Adriana Correia, que foi encaminhada em estado grave ao hospital. Um dos animais que estava no local também morreu. De acordo com testemunhas, o atirador e Adriana tinham se separado havia cerca de um mês e ele não teria aceitado o fim do relacionamento.
À TV TEM, conhecidos do casal afirmaram que no domingo, 27, ele teria dito à família que iria embora de Salto. No entanto, alugou um carro e cometeu os crimes com uma arma que tinha a numeração raspada.
Feminicídio
O Brasil teve um aumento de 7,3% no número de casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018. Foram 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres –média de uma a cada 7 horas, segundo levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Os estados com a maior taxa de feminicídios são Acre e Alagoas: 2,5 a cada 100 mil. Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação. Saiba mais aqui.