Mulher pede socorro mostrando ‘X vermelho’ na mão em farmácia
O sinal é usado para denunciar violência doméstica
Uma mulher de 40 anos denunciou violência e ameaças do companheiro mostrando um “X vermelho” desenhado na mão a um atendente de uma farmácia em Rio dos Cedros (SC), na última sexta-feira, 2.
Ela e a filha de 10 anos entraram no estabelecimento enquanto o companheiro permaneceu no carro aguardando. A vítima aproveitou o momento sem o agressor para pedir socorro –ela e a família eram ameaçadas de morte.
O funcionário da farmácia comunicou a polícia, mas o homem percebeu a movimentação e conseguiu fugir. Ele ainda não foi preso. Policiais apreenderam uma espingarda e munições na casa do suspeito.
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O “X vermelho”, desenhado na mão ou em um papel, e o pedido de “máscara roxa” são sinais de violência doméstica.
Como denunciar violência doméstica
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Delegacia da Mulher
Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.