Mulher processa hospital após passar por cesariana sem anestesia
Delphina Mota gritou por um anestesista que não apareceu
Delphina Mota está processando o Tri-City Medical Center in Oceanside, nos Estados Unidos (EUA), após dar à luz sua filha, Cali, em novembro de 2017 por meio de uma cesariana sem anestesia.
A jovem, de 25 anos de idade, relatou que foi levada ao hospital e quando os médicos não ouviram os batimentos cardíacos do bebê decidiram realizar o parto o mais rápido possível e abriram – literalmente – a paciente sem nenhum tipo de remédio para amenizar as dores.
A médica responsável, Sandra Lopez, teria chamado o anestesista de plantão, David Seif, diversas vezes por meio de ligações e mensagens, mas ele não retornou. Com isso, a doutora deu início à cirurgia sem aplicar sedativos.
Delphina sentiu tanta dor que chegou a desmaiar. “Durante essa parte da cirurgia, antes da chegada de David Seif, Delphina Mota estava gritando e chorando desesperadamente, pois conseguia sentir tudo que estava acontecendo com ela e implorava para que os acusados parassem de cortá-la e machucá-la”, disse o advogado da família, Norman Finkelstein, em comunicado.
De acordo com o processo, Mota começou a sentir contrações um dia antes do ocorrido e foi ao hospital realizar um parto induzido. Lopez sugeriu que sua equipe utilizasse ocitocina para contrair o útero e acelerar o processo. Contudo, uma hora depois, a anestesia foi pausada porque a moça, que tem diabetes, teve queda de pressão.
Foi neste momento, então, que os médicos se deram conta de que o bebê não tinha mais batimentos cardíacos. “De repente senti um corte no estômago… Uma sensação de queimação”, declarou ao Union-Tribune.
Ao jornal “Los Angeles Times”, Paul Iheanachor, marido da moça, disse que ouvia os gritos da esposa do corredor do hospital.
O casal está pedindo US$ 5,75 milhões (equivalente a mais de R$ 21 milhões) de indenização pelos danos psicológicos e físicos causados pelo tratamento.
Cali está com 8 meses de idade e é saudável.