Mulher tenta defender idosa e é agredida por bolsonarista em SP

Um grupo de bolsonaristas agrediu duas mulheres na tarde de sexta-feira, 6, durante uma carreata pelas ruas do bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo.

Débora Alba, 39 anos, relatou que voltava do supermercado quando viu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) partirem para cima de uma idosa para tirar uma bandeira do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) das mãos dela. As informações são do G1.

“Ela estava com a bandeira na calçada. Eu vi quatro pessoas empurrando-a, tentando derrubar ela. É uma senhora de muita idade, que podia ser minha avó. Uma cena dessa a gente não consegue ficar quieta”, relatou Débora.

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Os bolsonaristas teriam xingado com ofensas racistas um homem negro que se dispôs a intervir na agressão junto com Débora e outro grupo de senhoras idosas, segundo o relato. Após a intervenção, os agressores se dispersaram.

No entanto, em seguida, um participante da carreata desce de um dos carros e deu um tapa no rosto de Débora e a empurra contra a grade de um prédio. O vídeo também mostra que policiais militares presenciaram a cena, mas não interviu, A agressão foi registrada por outras pessoas que estavam no local.

Segundo a vítima, os PMs apenas escoltaram o homem de volta ao carro. “Os policiais fingiram que não viram nada, escoltaram o agressor pra dentro do carro e liberaram ele. Protegeram o agressor. Quando eu e quem estava em volta fomos reclamar, eles disseram pra me acalmar porque estava muito nervosa. Foi absurda a reação”, afirma.

“Um senhor desceu do carro e veio direto na minha direção para me agredir. O que eu vi foi ele colocando a mão no bolso, não sabia que ele ia tirar dali”, diz a mulher.

Em nota, a Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), afirmou que a “Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de agressão, na tarde da última sexta-feira, 6, na Avenida Angélica, região central da Capital. No endereço indicado, uma equipe constatou que houve desentendimento entre as partes, mas a situação teria sido resolvida. Por este motivo, não houve detenções. Até o momento, o caso não foi registrado pela Polícia Civil. No entanto, a instituição está à disposição da vítima para formalização do BO.”