Mulher trans é queimada viva após resistir a estupro coletivo

A vítima teve 80% do corpo queimado

12/09/2018 21:33

A vítima, uma mulher transexual, teve 80% do corpo queimado
A vítima, uma mulher transexual, teve 80% do corpo queimado - Reprodução/Facebook

Uma mulher transexual, cuja identidade não foi revelada, foi queimada viva por um grupo de homens, após a mesma resistir a uma tentativa de estupro coletivo por parte de seus agressores.

O caso aconteceu na última quinta-feira, 6, no Paquistão, e provocou uma manifestação organizada pela ONG Trans Action Pakistan.

De acordo com informações da imprensa local, a vítima foi levada para um lugar deserto no distrito de Sahiwal por quatro homens, que tentaram violentá-la sexualmente.

Após a mesma resistir à tentativa de estupro coletivo, os criminosos atearam fogo contra ela, que teve 80% do corpo queimado. A mulher foi levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar à unidade de saúde.

Ativistas protestam contra assassinato da mulher transexual queimada viva
Ativistas protestam contra assassinato da mulher transexual queimada viva - Reprodução/Facebook

Intolerância

A transexualidade ainda não é bem aceita no Paquistão, por isso, pessoas transgêneros estão suscetíveis a atos de barbáries como o acontecido com essa mulher trans.

No ano passado, o governo lançou uma série de iniciativas a fim de combater a intolerância aos transgêneros em diversas áreas essenciais da sociedade, como emprego, saúde, habitação e transporte público.

Ainda, o Paquistão passou a emitir seus primeiros passaportes com uma categoria “X” para gênero, que permite aos transexuais se identificarem com uma terceira categoria de gênero.

Como denunciar assédio sexual ou estupro?

O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.

No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).