Mulheres compartilham relatos da primeira vez que sofreram assédio sexual

Após o caso envolvendo uma participante do MasterChef Júnior, o coletivo feminista Think Olga lançou a hashtag #PrimeiroAssedio no Twitter

Por: Redação

Estimulada pela de mulheres que compartilham seu primeiro assédio sexual, Luana Piovani resolveu revelar o que mantinha em segredo:

“Nunca contei para ninguém, nem para o meu pai, nem para a minha mãe. E com essa campanha me dei conta de que a grande maioria das mulheres que eu conheço já sofreu algum assédio na infância e nós simplesmente não falamos sobre isso”, desabafou Luana.

Essa tendência começou quando uma das participantes da versão brasileira de MasterChef Júnior, programa que estreou na noite de terça-feira, dia 20, na Band, foi citada em comentários pedófilos no Twitter. Ela tem 12 anos. O reality de culinária tem a participação de crianças com idades entre 9 e 13 anos.

Durante o programa, comentários como “se tiver consentimento é pedofilia?” e “a culpa da pedofilia é dessa molecada gostosa” foram feitos no Twitter e direcionados à participante. Após a repercussão do caso, muitos dos perfis já estão fora do ar.

Quando o caso de pedofilia viralizou nas redes sociais, o coletivo feminista Think Olga, que luta contra o assédio em e outros tipos de violência contra a mulher, lançou a hashtag #PrimeiroAssedio no Twitter. O objetivo da campanha é incentivar as mulheres a contar sobre o primeiro caso de assédio sexual que sofreram e expor um problema tão enraizado na sociedade.

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

As histórias compartilhadas com a hashtag da campanha mostram situações de meninas que foram submetidas a casos de violência, assédio e machismo. Você já viveu algo parecido e deseja dividir com as outras pessoas? Use a #PrimeiroAssedio e denuncie os casos.

Veja mais relatos:

Roger Rocha Moreira, do ‘Ultraje a Rigor’, usa a hashtag para debochar da campanha

O músico Roger Rocha Moreira, da banda ‘Ultraje a Rigor’, tirou sarro da hashtag #PrimeiroAssedio e foi criticado por usuários do Twitter.

Outros perfis da rede social também debocharam da campanha que denuncia a violência sexual na infância.

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter