Mulheres denunciam médico por estuprar pacientes em consultório

Acusado trancava a porta da sala do consultório, pedia às vítimas para tirar as roupas e, ao final da consulta, colocava a mão em suas partes intimas

06/04/2019 16:17

O clínico geral Júlio Adriano da Rocha Carvalho, de 34 anos, foi denunciado por três pacientes por estupro dentro de um consultório. Médico foi afastado da função.

Em um dos casos, a vítima procurou o pronto-socorro de um hospital particular em Manaus com sintomas de gripe.  No depoimento revelado à Rede Amazônica, a paciente, que preferiu preservar sua identidade, disse que foi abusada dentro do consultório. “Ele passou o telescópio no meu peito. Pensei que era normal, na hora. Quando eu sentei, ele segurou minhas mãos, tirou minha calça e colocou as mãos na minha parte íntima. Ele me imprensou e tirou uma camisinha da bolsa, colocando a genitália dele para fora”.

Monitorado por tornozeleira, Júlio Adriano da Rocha está impedido de entrar em qualquer unidade hospital ou de saúde
Monitorado por tornozeleira, Júlio Adriano da Rocha está impedido de entrar em qualquer unidade hospital ou de saúde

Ainda de acordo com o relato, após ter conseguido o telefone da paciente pelo sistema de dados, o acusado enviou  mensagens para o celular da paciente. Nas mensagens, ele insiste.”Você vai deixar eu me redimir, e terminar o que começamos em um local onde você fique mais confortável?”. A vítima rebate: “Não foi eu quem começou, foi você”.

A denúncia foi registrada pela vítima no 24º Distrito Integrado de Polícia. O delegado responsável pelo caso, Marcelo Martins, localizou denúncias de outras duas vítimas realizadas em 2016. Nas duas ocasiões, os abusos contra as mulheres também ocorreram em unidades públicas de saúde.

De acordo com os relatos, o acusado agia sempre da mesma forma. Trancava a porta da sala, pedia às vítimas para tirar as roupas e, ao final da consulta, colocava a mão em suas partes íntimas. Após a Justiça aceitar denúncia feita pelo Ministério Público, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) suspendeu a inscrição de Júlio Adriano da Rocha Carvalho, impedido de exercer a profissão. Medidas cautelares proíbem Júlio de entrar em qualquer ambiente hospital e ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.