Mulheres nos EUA usam as redes sociais para acabar com estigma do aborto

Nos últimos meses, a campanha #ShoutYourAbortion (“grite seu aborto”) dominou as redes sociais nos Estados Unidos trazendo relatos de mulheres que já abortaram. O objetivo é lutar contra as restrições ao direito de abortar e também expor o fato de que uma em cada três norte-americanas interrompe a gravidez em algum momento da vida.

A campanha teve início em setembro deste ano com Amelia Bonow e Lindy West, duas feministas de Seattle, em reação a uma proposta do Senado americano para retirar financiamento público do grupo de saúde feminina “Planned Parenthood”, que faz abortos legalmente. O projeto foi aprovado pelo Senado no dia 3 de dezembro e, para entrar em vigor, precisa passar pelo Congresso e ser sancionado pelo presidente Barack Obama.

Uma em cada três norte-americanas interrompe a gravidez em algum momento da vida

A iniciativa influenciou milhares de mulheres ao redor do mundo a compartilhar relatos sobre quando e por que fizeram aborto.

Mas o movimento também provocou uma reação de críticas. “Sou pró-escolha, mas acho que #ShoutYourAbortion é estúpido. É uma coisa profundamente emotiva e pessoal para a maioria das pessoas. Por que gritar isso?”, disse um usuário no Twitter.