ESPM cria experiência para investigar notícias falsas
O núcleo da ESPM vai estar conectado com o Projeto ReVer ( Rede da Verdade): aliança de veículos de comunicação, entidades acadêmicas, empresas de tecnologias e algumas das principais organizações da sociedade civil ( OAB, por exemplo).
A Escola Superior de Propaganda e Marketing ( ESPM) está montando um núcleo experimental para investigar, neste ano eleitoral, a desinformação e “fake news” na internet.
O núcleo é composto com alunos e professoras dos departamentos de marketing, jornalismo e tecnologia da informação.
A ESPM decidiu integrar o Projeto ReVer ( Rede da Verdade): é uma aliança de veículos de comunicação ( Catraca Livre integra a coordenação), entidades acadêmicas, empresas de tecnologias e algumas das principais organizações da sociedade civil ( OAB, por exemplo) para combater as falsidades na internet durante as eleições.
O Projeto ReVer será lançado no dia 13 deste mês no Museu do Amanhã, no Rio, onde ocorre uma exposição de inteligência artificial.
Ali será apresentado robô Fátima, criado no Brasil para enfrentar as mentiras na internet. Veja aqui detalhes para participar do evento acoplado do sistema de monitoramento da internet usando inteligência artificial, criado pelo Stilinge.
A agência de checagem de notícias Aos Fatos, responsável pelo desenvolvimento do robô ganhou R$ 100 mil concedidos pelo Instituto SEB e Catraca Livre. A ferramenta vai ter apoio da Microsoft para seu aprimoramento: desenvolvedores de várias partes do mundo serão chamados a colaborar num mutirão digital.
O robô foi batizado Fátima, que vem de “FactMa”, uma abreviação de “FactMachine”, que poderá ser utilizado, já em maio, no Twitter e no Facebook.
O robô Fátima vai monitorar tweets com links para notícias e informações falsas ou distorcidas e responde com informação verificada. Isso significa que cada perfil que compartilhar no Twitter uma informação errada vai receber automaticamente do perfil @fatimabot, operado automaticamente por Aos Fatos, um link para a checagem de fatos relacionada àquele tweet.
Trata-se de um estratégia inovadora de “checagem de guerrilha”: o objetivo é conjugar produção de jornalismo de qualidade e se apropriar de ferramentas já usadas por perfis que impulsionam desinformação na rede social. Serão centenas ou mesmo milhares de tweets disparados pela @fatimabot para cada um que compartilhar desinformação no Twitter. Desse modo, todos que eventualmente forem expostos a notícias falsas também terão contato com a respectiva checagem do fato em questão.
No Facebook, ele vai responder perguntas quando a pessoa quiser saber se aquele notícia é falsa.
Junto com Fátima, vai ser operado um sistema de monitoramento da internet criado pelo Stilinge, capaz de detectar informações suspeitas, usando recursos de inteligência artificial. “Nossa missão é fortalecer o Projeto ReVer com o que há de mais moderno em Inteligência Artificial e monitoramento de notícias digitais no BR. Contribuindo com coleta robusta de publicações, detecção de padrões suspeitos, alerta de notícias virais, mapeamento do caminho das notícias e desdobramentos sobre um mesmo fato”, afirma seu CEO, Rodrigo Helcer.