Na casa de Belo, polícia apreende armas, munição e dinheiro vivo
Segundo a investigação, as armas estão legalizadas. Elas estão registradas no nome do artista, que tem posse de arma
A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu na casa do cantor Belo, dentro de um cofre, duas pistolas, munição, dinheiro em espécie e um computador. O artista foi preso nesta quarta-feira, 17, após realizar um show no Rio de Janeiro sem autorização, em meio à pandemia do novo coronavírus.
Segundo a investigação, as armas estão legalizadas. Elas estão registradas no nome do artista, que tem posse de arma.
O material foi recolhido na operação que prendeu Belo e dois produtores do show que provocou aglomeração em uma escola municipal no Complexo da Maré, durante o feriado de carnaval.
De acordo com a Polícia, o chefe do tráfico da comunidade Parque União, onde ocorreu o evento, também teve mandado de prisão expedido e teria sido ele quem autorizou o evento.
O material foi apreendido na casa do artista, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Em toda operação, incluindo outros imóveis onde a polícia esteve, foram apreendidos ao todo R$ 40 mil, 3.500 euros – o equivalente a R$ 22,8 mil.
Entenda o caso
A ação que prendeu Belo foi realizada pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O artista está sendo investigado por realizar show no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, mesmo com as proibições devido à pandemia.
Ele foi preso em uma produtora localizada em Angra dos Reis, na Costa Verde. Foram apreendidos equipamentos e veículos.
Como o evento aconteceu dentro da Escola Municipal do Parque União, no último dia 13, não obteve autorização da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a polícia também investiga uma possível invasão ao colégio.
A Delegacia de Combate às Drogas abriu um inquérito e, nesta quarta, cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Uma das buscas foi na Série Gold, uma das empresas que organizou o evento.
Os quatro mandados de prisão preventiva são contra Marcelo Pires Vieira, o Belo; Célio Caetano, sócio da produtora;
Henriques Marques, o Rick, sócio da produtora; Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União.
Fãs publicaram vídeos do show nas redes sociais, onde é possível ver uma grande aglomeração.
Na época da abertura da investigação, o cantor fez um pronunciamento à TV Globo.
“Fizemos o show seguindo todos os protocolos. Não temos controle do geral. Isso nem os governantes têm. As praias estão lotadas, transportes públicos, e só quem sofre as consequências são os artistas. Que foi o primeiro segmento a parar, e até agora não temos apoio de ninguém sobre a nossa retomada. Sustentamos mais de 50 famílias.”
Segundo a polícia, todas as pessoas envolvidas na festa vão ser ouvidas, incluindo o cantor, que será intimado para esclarecer quem fez o pagamento do cachê.