“Não esperem que faça política em velório”, dispara João Doria após polêmica no Twitter
"A hora não é de dividir, não é de politizar, de fazer ideologias, de partidarizar, muito menos odiar", rebateu João Doria após polêmica envolvendo Lula
Após polêmica motivada pela troca de elogios entre João Doria (PSDB) e o ex-presidente Lula (PT), o governador de São Paulo avaliou que o momento não permite alimentar conflitos ideológicos e que não vai “fazer política em velórios” durante a pandemia de coronavírus.
A fala ocorreu durante abertura da coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quinta-feira, 2, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
Além disso, reafirmou não tomar ações por conveniência e lembrou que, apesar da polarização política, a morte não escolhe “bolsonaristas” ou “petistas”. “Não pauto minhas ações por conveniência, mas por convicção. A morte não escolhe bolsonarista ou petista. Não esperem de mim que faça política em velório. A hora não é de dividir, não é de politizar, de fazer ideologias, de partidarizar, muito menos odiar. A hora é de somar, cuidar e salvar. Esta é a índole que todas as pessoas têm que ter. Esqueçam ideologia, brigas do passado, conflitos do presente, concentrem suas forças, orações, sua palavra solidária para ajudar as pessoas, salvar.”
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Carta ao presidente
Após encerrar o assunto sobre a polêmica do dia, Doria anunciou que os governadores das regiões Sul e Sudeste redigiram uma carta destinada ao presidente Jair Bolsonaro.
Nela constará reivindicações que visem socorrer a saúde dos cofres estaduais como a suspensão dos pagamentos da dívida com a União por 12 meses. “Nesses sete estados está 71% da economia brasileira. Esses sete estados são os que estão mais sofrendo com covid-19. Nesses estados estão, infelizmente, o maior número de óbitos. Nesses sete estados teremos o maior número de infectados. É importante que o governo federal tenha um olhar proporcional e correto aos estados do Sul e Sudeste e para todos os brasileiros. É aqui, no Sul e no Sudeste, que temos o maior problema”, disse o governador de São Paulo.