‘Não me mate’ pede mãe antes de ser assassinada pela filha no RJ
A jovem e o namorado foram presos
O último diálogo entre a empresária Dircelene Botelho, de 51 anos, e sua filha, Paloma Botelho de Vasconcelos, de 21, foi a vítima pedindo para não ser assassinada pela jovem a quem deu à luz. Em resposta, a criminosa disse que “não tinha mãe”.
Paloma foi presa junto com o namorado, Gabriel Neves, de 26 anos, pelo assassinato de Dircelene. O crime aconteceu no último dia 2, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.
Ao Extra, o marido de Dircelene, e pai de Paloma, Manuel da Silva, de 68 anos, disse que “se mãe e filha têm uma briga e, numa discussão acalorada, uma empurra a outra e alguém bate com a cabeça numa mesa, por exemplo, e morre, é uma fatalidade. Mas quando uma pessoa planeja com requintes de detalhes a morte da própria mãe e ainda faz simulações para esconder o crime, abrindo o portão de casa às escondidas para que o cúmplice, o namorado, entre agachado, é assassinato”.
“Ainda não estou com a razão plena. Estou meio abobalhado. Sem querer acreditar no que aconteceu. Ela me pediu para comprar formol dizendo que seria para fortalecer suas unhas. Até que ponto ela poderia ir?”, questionou, indignado, o comerciante.
Conforme o pai contou ao site, o namorado da filha, Gabriel, não frequentava sua casa há cerca de um ano, após travar uma discussão com Dircelene. No dia do crime, no entanto, as câmeras de segurança flagraram o homem entrando escondido para executar a mulher.
“Depois, uma outra câmera mostra Paloma distraindo a mãe e levando-a para o quintal. Nesse momento, uma outra câmera flagra Gabriel engatinhando em direção à porta de acesso à residência para não ser visto por Dirce [como era conhecida a empresária]. Após um tempo, Paloma ofereceu uma massagem à mãe e pediu que ela deitasse no chão. Foi quando ela chamou o Gabriel e ambos imobilizaram [a vítima] e colocaram um chumaço de plástico em sua boca. Como ela resistiu e rasgou o plástico com os dentes, os dois passaram a usar o formol. Deve ter sido um momento de muito sofrimento para Dirce, uma pessoa muito querida em toda a cidade”, contou Manuel.
Para assistir o vídeo que mostra parte do crime, basta clicar aqui.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, André Prates Fraga, da 105º DP (Petrópolis) a morte da empresária foi causada por asfixia mecânica por sufocação.
Segundo Fraga, após o casal matar a mulher, “a filha vestiu a mãe, pintou seu rosto e colocou o corpo sobre a cama para simular uma morte por causa natural […] Acredito que o formol tenha feito a vítima desfalecer, ficando mais fácil a prática da asfixia mecânica”.