Nascem os primeiros gêmeos de casal gay no Brasil com gene da família
"O amor de uma família que se formou hoje. Nosso maior legado", disseram os papais de primeira viagem em postagem nas redes sociais
Nasceram os primeiros gêmeos de um casal gay no Brasil e que tem material genético da família do pais. Gustavo Catunda de Rezende e Robert Rosselló Garcia anunciaram na última quarta-feira, 23, que os filhos Mar e Maya já estão no mundo. Esse é o primeiro casal do país a gerar filhos com a genética da família. Atualmente, a Resolução CFM 2.294/21 permite usar óvulos de parentes, de até quarto grau, para gerar bebês.
No Instagram administrado por ambos, chamado @2depais, eles comemoram a chegada dos filhos. “Hoje foi sem dúvidas o dia mais longo e mais emocionante das nossas vidas. O sentimento é impossível de se descrever. Não, nunca sentimos nada que se comparasse ao sentimento que tivemos hoje! Nosso amor de casal, que já era o maior do mundo, agora tomou uma proporção imensurável. O amor de uma família que se formou hoje. Nosso maior legado”, escreveram.
A prima de Gustavo, Lorenna, foi a barriga solidária do casal e entrou em trabalho de parto na noite da última terça-feira, dia 22. O casal postou fotos e vídeos de toda a gestação, disseminando informações sobre o assunto.
- Quanto custa viajar de motorhome pelo Brasil? E com cachorro!
- Mulher que viralizou após ir no trabalho da amante do ex-marido se pronuncia
- Casal que perdeu guarda do bebê nascido em ônibus não cumpre medidas há 6 anos
- Justiça retira da família bebê que nasceu em ônibus no Rio
“A comunicação foi muito rápida. A Lorena foi lá em casa, com a mãe dela, fizemos pão de queijo e conversamos sobre isso, com muita naturalidade e sem tabus”, falou Gustavo nas redes.
Lorena contou que tudo foi muito bem pensado: “É um ato de amor, não foi nada comercial, até porque a sua vida muda, principalmente a mudança corporal. Então não foi algo impulsivo, eu já sou mãe, já passei por esse caminho, e sei como é. Tive e tenho uma rede de apoio enorme. Eu vou ser a tia das crianças, para quem pergunta, e não a mãe”, comentou ela.
Desde que resolveram que queriam ser pais, o casal tinha o sonho de usar a combinação de material genético de ambos. No entanto, em 2015, descobriram que não iam poder usar o óvulo da irmã de Gustavo por conta das leis do Brasil na época. Naquele momento, a doação de material genético só poderia ser feito de forma anônima.
Recentemente, a resolução do CFM mudou toda a história do casal e isso fez eles chamarem a prima Lorenna para ser a barriga solidária.