Ninguém solta a mão de ninguém: a hashtag do pós-eleição

O lado da resistência, do amor e da coletividade está ainda mais ativo

Em parceria com Superela
29/10/2018 14:39

Mulher, sabe aquela sensação meio “moderna” de que é cada uma por si? Aquele sentimento de solidão meio estranho que persiste no meio dum tanto de rede social, tecnologia e pans? Bem… essa energia ruim parece ter se dissipado ontem. Afinal, a partir de agora, ‘ninguém solta a mão de ninguém‘.

#EleNãoÉMeuPresidente

Pois é. Ontem, às 20h, a galera do bairro onde eu estava começou a soltar foguetes e gritar palavras de ódio ao opositor de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad. Até então, meu sentimento era de frustração. O problema é que, ao escutar a manifestação da galera que apoiou o então “novo presidente do Brasil”, comecei a desesperar um pouco.

Olha, já peço desculpas de antemão, mas não consigo manter a imparcialidade num momento como esse, entende? Procê ter ideia, meu medo nunca foi do Bolsonaro em si, mas do que ele representava (e representa, né). Nesses últimos tempos, testemunhamos um punhado de vítimas e situações que esfregavam o preconceito e a intolerância em nossas caras. Coisas que eu achava que estavam bem guardadas e escondidas nos “armários” alheios.

Mas aí, o discurso do candidato começou a dar coragem a quem tinha medo de sair por aí criticando toda aquela consciência que construímos ao redor das minorias. Fazer piada racista era o fim da picada. Bater em mulher era motivo de vergonha. Discriminar homossexuais e trans era absurdo. Só que não mais. Ou então era o que eu pensava até receber algumas mensagens.

Ninguém solta a mão de ninguém

A finalidade desse post, meu povo, é falar de coisa boa no meio dessa barbárie. Que que rola: ontem, no meio da foguetaiada, resolvi abrir meu whatsapp pronta pra atacar qualquer parente infeliz que votou no Bonoro. Só que aí eu comecei a ver o outro lado. O lado da resistência, do amor, da coletividade etc etc etc.

O primeiro sinal de que eu não tô sozinha como achava que tava foi esse aqui, olha:

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Texto escrito por Luisa Rodrigues e publicado no Superela