No Largo da Batata, material de construção é alvo de preocupação dos manifestantes
Pela internet, manifestantes procuraram a empresa responsável pelas obras e organizaram isolamento da área
Poucas horas antes a manifestação contra o aumento da tarifa de segunda-feira,17, o Largo da Batata era um verdadeiro canteiro de obras à céu aberto. Materiais perigosos, como madeiras, barras de aço, blocos de concreto e pisos de cerâmica estavam em vias públicas, sem nenhum tipo de proteção. O ato está marcado para as 17h.
Na internet, alguns manifestantes consideraram o fácil acesso ao material uma armadilha do poder público para criminalizar o ato. Muitas pessoas que passavam pela região do Largo da Batata estavam fotografando as obras e perguntando aos trabalhadores se a obra seria isolada.
A reportagem do Catraca Livre foi até o local e constatou que havia material perigoso como pedaços de madeira, barras de aço, cerâmica e blocos de concreto sem o isolamento adequado . Sabrina Aguiar, trabalha como secretaria em uma ONG, próxima ao Largo e passa todo dia pelo local. Ela afirmou que a região já estava em obras, mas antes do final de semana não estava aberto.
Outro trabalhador, que passa todos os dias pelo local, mas preferiu não identificar-se afirmou que não havia material exposto até a sexta-feira passada. Ele relatou que já havia entrado em contato com a empresa para conseguir informações sobre a demora das obras. “Até semana passada não tinha nada, parece uma infeliz coincidência todo esse material aqui. Até porque a obra vem demorando muito para ser concluída”, contou.
“Não param de ligar aqui, pedindo para retirar o material”
A reportagem do Catraca Livre foi até o escritório da Via Quatro, empresa responsável pelas obras. Logo na entrada, a secretaria perguntou se o telefone da concessionária estava no facebook. “Não param de ligar aqui pedindo para retirar o material”, disse.
Um dos engenheiros responsáveis pela obra, não pode identificar-se, por normas de relações públicas da empresa, mas afirmou que já havia contato com a CET e Polícia Militar para tentar uma solução do material.
Enquanto a reportagem voltava para a redação, o material já estava isolado por um tapume de pouco mais de um metro de altura e com lonas de plástico.
O secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, ordenou a retirada do material.
Pela internet, os manifestantes organizam um isolamento humano do material, para evitar que manifestantes mais violentos ou policiais infiltrados o utilizem como arma.