No LinkedIn, CEO reclama de candidata que não quer ser entrevistada em domingo
Empresário foi muito criticado por atitude nas redes sociais, e depois fez um pedido de desculpas
O LinkedIn pode ser uma rede muito frutífera para relações de trabalho, se usado corretamente. Não é o caso de um CEO e co-fundador de uma empresa de marketing digital que viralizou após reclamar de uma candidata à vaga de sua empresa que se negou a ser entrevistada em pleno domingo (não revelaremos a identidade por uma questão de segurança a ele).
“Perguntei a uma candidata de uma vaga nossa se ela estaria livre domingo para uma entrevista por telefone. ‘Desculpe, não faço entrevistas aos finais de semana. Eu os reservo para relaxar. Pode ser segunda-feira?’. Respondi: ‘Desculpe, não faço entrevistas dias de semana. Eu os utilizo para trabalhar. Mas agradeço o seu interesse. Boa sorte”, escreveu o empresário em post no LinkedIn.
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Ao longo de seu relato no LinkedIn, o empresário criticou o fato de a candidata utilizar dois dias da semana para descansarem e não os reservarem para seu crescimento pessoal e profissional, e ainda fez uma comparação com o momento atual da pandemia do novo coronavírus.
“Se você pode se dar o prazer de negar emprego em pura pandemia, melhor realmente deixá-lo para alguém que o queira e precise – até esse alguém ser você”, escreveu. Ele ainda disse que isso se tratava de uma zona de conforto da candidata, e que este seria o maior inimigo dela.
No LinkedIn e no Twitter, o texto viralizou muito, e os internautas criticaram a atitude do CEO, que não se preocupou com as condições da candidata a ser entrevistada. “Mais um alecrim dourado self made man no LinkedIn passando vergonha no crédito, débito e QR code na sua timeline (depois ele pediu desculpas se autobajulando, tá nos comentários, a cereja do bolo)”, escreveu a jornalista Rita Lisauskas.
“Se ele pensa assim pra uma entrevista, com certeza é mais um empregador que acha que o funcionário tem a obrigação de trabalhar aos finais de semana sem ao menos receber por isso (vulgo meu chefe). LinkedIn tem umas coisas que as vezes eu não acredito que é uma rede profissional.”, escreveu outra internauta.
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Após a repercussão negativa, o CEO apagou seu post no LinkedIn e escreveu um novo, pedindo desculpas pela forma como se comunicou e por achar que estava certo. “Cometi um erro que acredito que alguns fundadores cometem: esqueci de onde vim, e esqueci que não posso esperar das pessoas o que espero de mim mesmo (a não ser que as faça donas da empresa também – o que é meu objetivo). E foi difícil, mesmo que só por algumas horas, admitir que errei. Que como líder eu falhei, mas mais importante, como ser humano também.”, escreveu.
Em seguida, ele reitera que a vaga para a sua empresa ainda está aberta, e diz esperar dos candidatos: opiniões diversas; valores alinhados aos da empresa; tanta paixão pelo trabalho quanto pela vida pessoal. Ao final, ele se despede, dizendo que a esposa reclamou que ele estaria há muito tempo no celular.