No Metrô de SP, passageira branca diz que negra ‘passa doença’ e gera revolta
Caso resultou em confusão generalizada na estação; acusada e vítima depuseram na delegacia de polícia
Um caso de racismo foi gravado no Metrô de São Paulo no final da tarde desta segunda-feira, 2, causando revolta nas redes sociais e gerando tumulto na linha 2-Azul.
Segundo relatos, uma passageira branca, de cabelos loiros, estava sentada de costas a Welica Ribeiro, uma mulher negra, quando sentiu-se incomodada com os cabelos se tocando. Segundo Welica, a passageira pediu para que ela tomasse cuidado com seu cabelo, porque ele “poderia passar alguma doença”.
O irmão de Welica, Jonatan Ribeiro, viu a cena e começou a filmar a discussão. “Eu sugeri raspar minha cabeça para não incomodá-la”, diz Welica no vídeo.
Revoltados com a situação, os outros passageiros começaram a gritar “racista” para a mulher e impediram sua saída até a chegada da Polícia Militar. A confusão generalizada se instalou na estação de Metrô de São Paulo, com grande coro contra o racismo.
O Metrô informou que “os seguranças atuaram na proteção dos envolvidos”.
Assista à cena:
De acordo com informações do G1, Welica, seu irmão Jonatan e a testemunha foram até uma delegacia registrar a ocorrência. A mulher que fez as ofensas também foi ouvida.
No termo de depoimento que o irmão da vítima prestou, foi registrado o nome de Agnes Vajda como sendo a mulher que proferiu as ofensas. Nas redes sociais, ela se identifica como assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo.