Nova petição pede o fim de prática que maltrata animais
Em março deste ano, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa do Animal, lançou uma campanha que pede que a empresa JBS se comprometa com o fim do confinamento de porcas reprodutoras em gaiolas de gestação. No entanto, a entidade diz que a empresa não está sendo transparente o suficiente e que os fornecedores contratados também têm que ser inclusos no plano de transição.
“A nova política da JBS estabelece que todas suas granjas próprias adotarão o sistema de gestação coletiva, que é a alternativa ao sistema de gaiolas, até 2016. No entanto, a empresa não fez um comprometimento claro para que o mesmo aconteça em suas unidades contratadas, responsáveis por uma parte significativa da produção da carne suína comercializada. Isso significa que um grande número de porcas reprodutoras na cadeia de abastecimento da JBS-Seara poderão continuar condenadas a uma vida de extremo sofrimento por período indeterminado’’, disse Sônia Fonseca, presidente do FNPDA.
No ano passado, após pressão do FNPDA e parceiros, a BRF, maior produtor nacional e dona das marcas Sadia e Perdigão, também declarou o fim do confinamento contínuo em gaiolas de gestação em toda sua cadeia, o que inclui unidades próprias e de fornecedores contratados. “Nós esperamos que a JBS faça o mesmo, também se comprometendo claramente a eliminar esse cruel sistema de confinamento em unidades contratadas. Uma empresa responsável deve assumir compromissos com toda sua cadeia de abastecimento, e não somente com unidades próprias’’, completou Sônia.
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O FNPDA também vê com ceticismo o fato de que a JBS não anunciou parceria com nenhuma entidade independente ou empresa certificadora para monitorar o processo de transição. “Fazer promessas e não criar mecanismos de transparência não basta. Esse não é um modelo que gera credibilidade com a sociedade civil e o mercado consumidor”, disse Sônia. “Além da eliminação do confinamento em gaiolas, a empresa está sugerindo que não mais usa outros procedimentos extremamente cruéis de forma corrente, como o corte de dentes e a castração cirúrgica sem anestesia. Mas como isso pode ser algo crível se nenhum mecanismo de transparência ou certificação foi estabelecido?”, questionou.
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