Nova secretária para mulheres é contra aborto até em caso de estupro

Com informações do Estadão

01/06/2016 11:56

A ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP), apresentada nesta terça-feira, dia 31, como a nova gestora da Secretaria de Políticas para Mulheres, é evangélica e já se manifestou contra o aborto até em casos de estupro, o que é permitido por lei no Brasil desde 1984.

As declarações contra a descriminalização do aborto foram feitas por Pelaes durante as discussões sobre o projeto do Estatuto do Nascituro, em 2010, durante seu mandato na Câmara dos Deputados. A futura secretária, socióloga e deputada federal por 20 anos, de 1991 a 2011, não levanta “bandeiras contrárias aos valores bíblicos”, como a constituição livre de família.

A ex-deputada foi escolhida pelo presidente em exercício Michel Temer
A ex-deputada foi escolhida pelo presidente em exercício Michel Temer

No entanto, as opiniões da ex-deputada nem sempre foram assim. Há três anos, em entrevista à editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus, ela afirma que até 2002 defendia a descriminalização do aborto e não via a família como um projeto de Deus. Mas, depois disso, “conheceu Jesus” e passou a dizer que “o direito de viver tem que ser dado para todos”.

Pelaes, que é presidente do núcleo feminino do PMDB, foi escolhida pelo presidente em exercício, Michel Temer, após sugestão da bancada feminina da Câmara. Durante a gestão de Dilma Rousseff, a secretaria tinha status de ministério, mas hoje está subordinada ao Ministério da Justiça e Cidadania.

Fátima Pelaes foi derrotada nas eleições de 2014 e, por isso, ficou até abril deste ano no cargo de diretora administrativa da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), sendo exonerada por Dilma depois que o PMDB rompeu com o governo.

Leia a matéria na íntegra.