Número de LGBTs mortos no Brasil em 2017 é o maior já registrado
Vergonha, nojo e desolamento. É assim que o Catraca Livre recebe a notícia da ONG Grupo Gay da Bahia (GGB) sobre o recorde de assassinatos de pessoas LGBT em 2017. Nunca se matou tanto por homofobia e transfobia no país.
Até 20 de setembro, foram registrados 277 homicídios. É a maior média de assassinatos desde que os dados passaram a ser contabilizados pela entidade baiana.
Ah, e há mais um recorde: passamos da marca de 1 morte de LGBT por dia.
- O que se sabe sobre o barbeiro que agredia gays e grava ataques no Rio
- Ex-repórter da Globo sofre ataques homofóbicos e desabafa
- Em especial de Natal da Record, Edir Macedo dá show de homofobia
- Homem diz que é melhor do que ex por não ter filhos negros e gays
Em maio deste ano, o Catraca Livre já havia noticiado que o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. À época, a proporção era de um assassinato a cada 25 horas.
- Sempre lembrando, claro, que o argumento “mas morrem mais heterossexuais do que homossexuais” não é válido no caso, já que NENHUM heterossexual é morto simplesmente por ser heterossexual.
É importante ressaltar o trabalho do Grupo Gay da Bahia e lembrar que o levantamento da ONG é subnotificado. Isso quer dizer que nem todos os crimes são registrados e, mesmo que sejam, o GGB não necessariamente tem acesso a eles. Em suma: a realidade da população LGBT é bem pior do que essa amostragem.
Então, se você contribui com o preconceito, se você incentiva que seu filho destrate o coleguinha da escola por ele ser afeminado, se você acha que ser caminhoneira é uma repulsa… parabéns! Você está contribuindo, indiretamente, para o aumento desse número.
- A luta da população LGBT continua. Se você for vítima ou presenciar uma cena de homofobia ou transfobia, denuncie: