Número de mulheres eleitas aumenta na Câmara e nas Assembleias
Pela primeira vez uma mulher indígena foi eleita para a Câmara dos Deputados; Já São Paulo escolheu a primeira pessoas trans para a Assembleia Legislativa
O número de mulheres eleitas para a Câmara e para as Assembleias aumentou de forma geral, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao mesmo tempo, a quantidade de representantes escolhidas para o Senado se manteve sem alteração.
Na Câmara dos Deputados, o número de eleitas cresceu 51% em relação a 2014: passou de 51 para 77 representantes neste ano, que ocuparão 15% das 513 vagas disputadas. Mesmo com o aumento, três estados não elegeram mulheres para o cargo: Amazonas, Maranhão e Sergipe.
Os partidos com mais mulheres eleitas para a Câmara são: PT, com 10 deputadas, PSDB, com 9, e PSL, com 7. As demais estão em quase vinte outros partidos.
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Nestas eleições, um fato histórico aconteceu: pela primeira vez uma mulher indígena foi eleita para o cargo na Câmara, em mais de 190 anos de existência da Casa. A candidata Joenia Batista de Carvalho, a Joenia Wapichana, da Rede, foi escolhida por Roraima.
No caso dos deputados estaduais, as mulheres somam 15% dos eleitos. Foram 161 deputadas, um aumento de 35% em comparação a 2014. No entanto, no caso do Mato Grosso do Sul, por exemplo, dos 24 deputados estaduais eleitos, nenhum é mulher.
Em São Paulo, foi eleita a primeira pessoas trans na Assembleia Legislativa, em mais de 180 anos de existência da Casa. A candidata Erica Malunguinho da Silva, do PSOL, teve 55.223 mil votos.
No Senado Federal, a quantidade se manteve: sete mulheres foram eleitas, o que representa cerca de 13% das 54 vagas em disputa. Na última eleição na qual 2/3 do Senado foram renovados, em 2010, também foram sete mulheres. Apesar disso, em 20 estados nenhuma mulher foi eleita para o Senado.
Representatividade feminina
Ainda que tenha ocorrido um crescimento na representatividade feminina no legislativo, a proporção de mulheres ainda é muito abaixo da realidade da população brasileira, em que 50% das pessoas são do gênero feminino. Por isso, muitas campanhas foram criadas em 2018 para melhorar o número de eleitas.
A lei eleitoral brasileira exige, desde 1997, que os partidos e as coligações respeitem a cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras municipais.