O carnaval de uma Rosa só
Por revista "Gênero e Número" e bloco Mulheres Rodadas
Aos 70, a carnavalesca Rosa Magalhães caminha pelo barracão da Escola São Clemente, na Cidade do Samba, entre os carros alegóricos, sem mais aquela ansiedade de quem quer inventar a roda. Já sabe bem o que funciona ou não na Sapucaí, e fica ali, na reta final do pré-desfile do Grupo Especial de Escolas de Samba do Rio, apenas para não perder de vista os ajustes importantes.
“Já prendeu aquela asa? Vai lá por no lugar”, orienta ela a um dos rapazes que trabalham na montagem. À repórter ela explica: “Se não estiver bem preso, preciso pedir para colocar uma mão francesa”. É assim, cuidando dos detalhes das suas criações, que ela trabalha há mais de 40 anos no Carnaval.
Começou em 1971, substituindo uma figurinista da Salgueiro que se ausentou às vésperas da festa. Não fez todos os Carnavais de lá para cá porque na sua vida cabem também criações de figurino e de cenário para TV, teatro e até para outras festas importantes, como a Olimpíada _ foi responsável pelo cenário do encerramento dos Jogos 2016. A verdade, diga-se de passagem, é que “de cabeça” Rosa nem sabe responder ao certo quantos Carnavais fez: “Foram mais de 30, com certeza”.
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Leia aqui a íntegra do perfil.
- Este texto é parte do ensaio “Quem dá a letra do seu Carnaval“, produzido pela revista “Gênero e Número” e pelo bloco de Carnaval Mulheres Rodadas. Acompanhe as trajetórias de dez mulheres que vivem a cultura carnavalesca de fevereiro a fevereiro na página especial da campanha #CarnavalSemAssédio.