O Dia dos Namorados de quem entende mais de amor do que você

12/06/2015 17:27 / Atualizado em 06/05/2020 21:56

Texto por Débora Lópes

 
 

Neste Dia dos Namorados 2015, a VICE entrevistou pessoas com mais de 50 anos para falar sobre amor, paixão, casamento e separação. Sidney tem 53 anos e está no sétimo matrimônio. Seu namorido é um novinho que se monta de mulher para trabalhar em festas noturnas. Beatriz tem 86 anos e hoje vive para cuidar do marido, um ex-enfermeiro que sofre do mal de Alzheimer. O sociólogo Dória tem 65, casou-se três vezes e acredita que a paixão é uma “doença da alma”. Se você está em num relacionamento, aí vão dicas de gente experiente. Agora, se você está solteiro e triste com isso, não se estresse. Tenha em mente o exemplo da cantora Gretchen, que juntou as escovas de dente 17 vezes. É a prova cabal de que o amor e a vontade de dormir de conchinha todas as noites existe mesmo e de que tudo pode acontecer nessa vida. Enquanto isso, suspire com as entrevistas abaixo.

Carlos Alberto Dória, 65 anos, sociólogo (foto)

VICE: Você é casado ou namora?
Carlos Alberto Dória: Não sou casado nem namoro.

Mas já casou e namorou?
Já casei três vezes e namorei incontáveis vezes.

Em todas as vezes, você se casou achando que seria pra sempre?
Nunca tive essa fantasia. Nunca me casei oficialmente também. É da condição humana nada ser pra sempre. O que muda é a atitude diante da percepção do fim. Evidentemente que, na geração dos meus pais, o casamento era pra sempre. Portanto, a ruptura é um trauma muito grande. Na minha geração, a grande conquista era o amor livre. Ou seja, a provisoriedade dos vínculos.

O que é amor?
Eu acho que é a simpatia que pode haver entre dois seres humanos no seu ápice. São vínculos de todo tipo: sexuais, vínculos de afinidade intelectual, cultural. Eu chamaria essas coisas de amor, diferente da paixão.

E o que é a paixão?
A paixão é uma doença da alma. É você perder a razão por causa do amor.

Como você vai passar o Dia dos Namorados?
Com indiferença. Não vou ao shopping, não vou ao restaurante. Não quero nem saber. Vou tratar com amor por mim mesmo.

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