O que a polícia já apurou sobre o assassinato de Marielle Franco
A vereadora foi morta a tiros na noite desta quarta-feira, dia 14, ao deixar um evento no centro do Rio de Janeiro
A vereadora Marielle Franco (PSOL) foi assassinada na noite desta quarta-feira, dia 14, ao deixar um evento no centro do Rio de Janeiro. A parlamentar e o motorista morreram após serem baleados dentro de um carro. A suspeita é de execução.
A parlamentar havia participado de um evento no início da noite na rua dos Inválidos, na Lapa. Depois de sair do local, o carro em que estavam Marielle, o motorista e uma assessora passava pela rua Joaquim Paralhes, no Estácio, por volta das 21h30.
Nesse momento, um outro veículo emparelhou com o da vereadora, que tem vidros escurecidos, e os criminosos fizeram os disparos. Marielle estava no banco de trás, no lado do carona, e foi atingida por 4 tiros na cabeça. O motorista Anderson Pedro Gomes levou pelo menos 3 tiros nas costas.
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A polícia suspeita que os criminosos acompanharam os três por algum tempo e sabiam a posição exata das pessoas no carro. Eles fugiram sem levar nada. A assessora de Marielle foi atingida por estilhaços, levada a um hospital e liberada.
No local do crime, a polícia recuperou 9 cápsulas, mas ainda não se sabe o total de tiros disparados. Foram ouvidas, até o momento, duas testemunhas: a assessora e uma segunda, não identificada. Agora, as investigações buscam imagens de câmeras de segurança.
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Um dia antes de ser assassinada, a vereadora publicou em sua conta no Twitter um desabafo sobre a criminalidade no Rio de Janeiro.
“Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”, escreveu Marielle na terça-feira, dia 13, em referência à morte de um jovem no Jacarezinho, na segunda, dia 12.
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